Jaxson Dart é promissor – mas ainda está longe de estar pronto

A pré-temporada da escolha de primeira rodada dos Giants foi empolgante, mas ainda há longo caminho a se percorrer. Ter precaução é a escolha ideal da equipe.

Dart

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De eventual seleção de fundo de Draft à nova esperança de uma das franquias mais tradicionais da NFL. Jaxson Dart viveu ascensão vertiginosa e isso se acelerou na pré-temporada. Em um time que conta com um decadente Russell Wilson e com uma torcida que sofre com a posição há tantos anos, o anseio por inserir o calouro como titular tornou-se majoritário.

Não julgo o fã do lado azul de New York. Por vezes, é preferível ter a expectativa incerta de uma promessa do que a certeza de um titular de nível mediano. Ainda assim, precisamos entender que a NFL é uma liga exigente e não há espaço para erros quando se está com a corda no pescoço – casos de Brian Daboll e Joe Schoen.

Dart demonstrou animadores sinais durante a pré-temporada, no entanto, ele ainda está longe estar pronto. Para o bem do New York Giants e, principalmente, para o seu bem, é necessário cautela.

Peso da pressão – e o momento certo de entrar 

Os níveis de pressão e responsabilidade alteram nossa capacidade de decisão em qualquer esfera de nossa vida. Na NFL, não é diferente. Jogar bem uma pré-temporada – quando os erros são comuns e, até mesmo, importantes – não implica em semelhante resultado na temporada regular.

Ao longo das três partidas preparatórias, Dart mostrou pontos essenciais: se livrou da bola rapidamente (média de 2,58 segundos), atacou com confiança o meio do campo/profundidade (seus três touchdowns vieram em passes para mais de 10 jardas) e soube fazer um bom controle de pocket. São características maduras que o levarão a ter boa carreira na liga.

Ainda assim, o óbvio se faz essencial: é “apenas” uma pré-temporada. São defesas modificadas, com jogadores e esquemas que estão sendo testados. Além disso, Jaxson atuou com leveza nos pés, pois sabia que não havia pressão pelo erro. Seus passes em janelas apertadas, por exemplo, foram reflexo disso. Em uma partida de grande peso, ele arriscaria os mesmos lançamentos?

Além disso, é muito mais interessante para o calouro que ele entre em um momento de eventual “morosidade” do ataque da equipe, sendo elevado ao novo posto como “novidade revitalizante”. Entraria com menor peso, apoio integral do torcedor e um grupo que não está em ritmo de início de temporada. Só teria a ganhar.

Consistência 

Esqueça as histórias de que os times “aceitam perder” por um bom motivo. Isso não é Madden. Os Giants tem um time competitivo e seus jogadores vão dar a vida em campo para vencer. Nesse processo, principalmente pelo alto nível defensivo, é fundamental ter consistência ao longo das semanas.

Mesmo que possa oferecer, no futuro próximo, um potencial maior, Dart ainda é um calouro de piso mais baixo que, naturalmente, pode cometer um número maior de turnovers. Wilson, por outro lado, é um passador que, historicamente, tem um percentual baixo de interceptações (ainda que sofra muitos sacks).

Isso quer dizer que Wilson oferece um melhor chance de vitória – ou, ainda, melhores opções para o ataque? Não. Significa que ele minimiza as chances de derrota. New York tem uma excelente defesa que lhe pode vencer jogos, portanto, manter uma ataque com maior consistência é a chave para que o time possa competir. Pode não ser o mais bonito, mas, talvez, seja o mais eficiente.

Trajetória natural 

Por fim, por melhor que tenham sido os flashes apresentados durante a pré-temporada, acelerar a trajetória natural de crescimento de Dart é a pior coisa que New York pode fazer. Ele está aprendendo (muito bem); deixe-o continuar melhorando do banco até chegar o momento ideal de inseri-lo no modelo profissional.

Daboll e Schoen podem ficar felizes, pois acharam um nome promissor que pode salvar seus empregos. Não podem, contudo, queimar a largada e, com isso, colocar em risco a carreira de seu jovem quarterback. Estamos cansados de ver passadores promissores que têm um início ruim e isso compromete sua confiança. Bryce Young é um dos exemplos recentes mais notórios – por pouco sua carreira não foi para o limbo.

Sei a ânsia que o torcedor tem pelo novo, mas, em uma liga tão qualificada, é preciso tomar o processo correto para não colocar os pés pelas mãos. Dart está em um bom caminho, mas ainda não está pronto. Estará em breve.

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