JETS, BILLS E DOLPHINS PODEM ROUBAR A AFC EAST DOS PATRIOTS EM 2020?

Instabilidade em New England e ascensão dos Bills pode fazer a divisão ser realmente disputada em 2020

Não estamos dizendo que o fim do reinado vai acontecer, mas sim que pode acontecer, sejamos francos. Pela primeira vez em muito tempo, o New England Patriots não começa a intertemporada como o inquestionável favorito a vencer a AFC East, título conquistado pela franquia nos últimos 11 anos de maneira consecutiva.

À parte a ascensão dos concorrentes, que trataremos daqui a pouco, o enfraquecimento de New England é evidente. É difícil imaginar que eles passarão incólumes pelo fim da era Tom Brady, sobretudo quando o provável substituto é Brian Hoyer. Aliás, o atual corpo de quarterbacks consiste em Hoyer, Cody Kessler e o segundanista Jarrett Stidham. Ademais, os Patriots têm mais buracos no elenco a serem preenchidos, seja trazidos do ano passado, seja criados por perdas na free agency – como linebackers, wide receivers e offensive linemen.

Enfim, tem tudo para ser uma temporada mais complicada do que o normal em Foxborough. É óbvio que New England nunca será carta fora do baralho enquanto tiver Bill Belichick na sideline. Ninguém duvida da sua capacidade de montar uma equipe competitiva independentemente das peças ao seu dispor, contudo a capacidade do head coach, por maior que seja, não é simplesmente um antídoto para todos os problemas.

Buffalo Bills se posiciona como a maior ameaça à soberania dos Patriots

Nos últimos anos, vimos sucessivos processos de tank dos outros três times da AFC East, abdicando da tentativa de sucesso imediato em prol de se estruturarem pensando no futuro. Pois bem, o futuro chegou. Com os Patriots passando por sérias turbulências, é hora de assumir o protagonismo dentro da divisão.

Nesse sentido, os Bills largam um pouco na frente de New York Jets e Miami Dolphins, pois são uma equipe em um estágio mais avançado de reconstrução. Na verdade, Buffalo já disputou timidamente a divisão com New England em 2019. Embora não tenha sido uma briga cabeça a cabeça, a franquia de Nova York manteve as chances de título divisional vivas até as semanas finais da temporada.

A investida pelo wide receiver Stefon Diggs, trocado a peso de ouro junto ao Minnesota Vikings, é a maior prova de que os Bills entraram definitivamente no modo “vencer agora”. Trata-se de uma movimentação agressiva de um time que deixou clara a sua vontade de sair da sombra dos Patriots. Além disso, Buffalo também fez outras contratações interessantes na free agency, como, por exemplo, o cornerback Josh Norman, o linebacker A.J. Klein e o EDGE Mario Addison, todos veteranos que a princípio chegam para serem titulares.

Em suma, a franquia já teve uma das melhores e mais eficientes defesas de 2019. Tais reforços devem, no mínimo, fazer com que a unidade mantenha o alto nível. Do outro lado da bola, a inconsistência de Josh Allen como passador segue como motivo de preocupação, porém a adição de Diggs a um já talentoso grupo de skill players é uma excelente notícia para o ataque, assim como a boa manutenção do guard Quinton Spain.

Buffalo possui um time redondinho para brigar pela AFC East em 2020. Na verdade, atualmente eles têm até menos pontos de interrogação do que os próprios Patriots, inclusive na posição de quarterback, a mais importante do jogo. Embora Josh Allen não seja exatamente um modelo perfeito de franchise quarterback, é bem mais seguro apostar nele do que em Hoyer, Kessler ou Stidham. E os Bills já ameaçaram na temporada passada, frisando novamente.

Jets e Dolphins vêm um pouco atrás, mas podem surpreender

O New York Jets, por sua vez, também merece certa consideração como postulante ao título divisional. Sam Darnold parece ser a resposta under center e existe talento em algumas posições específicas, sobretudo na defesa. Além disso, as seis vitórias nas últimas oito partidas de 2019 deixaram muita gente empolgada.

Entretanto, é preciso termos em mente que os Jets ainda são um time altamente instável que alternam bons jogos com apresentações sofríveis, além de serem cheios de buracos no elenco (a linha ofensiva é um horror) e com Adam Gase como treinador. É possível que eles deem um salto de qualidade em 2020, principalmente se conseguirem draftar bem, mas, ao mesmo tempo, são muitos motivos para mantermos o ceticismo.

Já o Miami Dolphins é quem está mais atrás no processo de reconstrução, pois começou o processo de tank apenas no ano passado. A fase de demolição acabou, dando início à fase de construção propriamente dita. Deste modo, eles ainda precisam encontrar um quarterback e montar a espinha dorsal da equipe. A franquia fez várias contratações na free agency, trazendo em sua maioria jogadores jovens e não tão badalados para encorpar o plantel: Byron Jones, Kyle Van Noy, Shaq Lawson, Ereck Flowers, Jordan Howard, Emmanuel Ogbah, Ted Karras etc.

Os Dolphins aparentam estar a um ou dois anos de realmente serem candidatos à alguma coisa, a menos que façam um Draft espetacular em 2020 – ao todo são 14 escolhas, sendo três de 1ª rodada e seis no top 70 -, trazendo muitos nomes com impacto imediato no rendimento do time. Como isso é bastante raro de acontecer, colocaremos a franquia da Flórida como o azarão na corrida pela AFC East.

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