Todas as sextas-feiras, Deivis Chiodini traz sua coluna de Análise Tática, com exclusividade para você assinante. Nela, jogadas são dissecadas, mostrando os meandros que por vezes ficam escondidos quando a jogada é vista apenas do ângulo da transmissão. Além disso, vídeos são inseridos para facilitar o entendimento. Para ajudar a escolher as próximas a serem analisadas, não deixe de entrar no nosso canal no Telegram (o link está no final do texto), onde semanalmente são feitas enquetes, além de demais conteúdos exclusivos.
Nesta edição os escolhidos foram o passe da vitória de Derek Carr nos segundos finais, evitando a derrota do Las Vegas Raiders para o New York Jets; Baker Mayfield provando que não depende só do jogo corrido e atacando o Tennessee Titans em profundidade e Kyler Murray mostrando que sua má fase passa em muito por problemas na leitura do jogo e tomada de decisão.
A frieza é algo indispensável para um quarterback
Nada é pior que um quarterback que se desespera em situações adversas. Uma das grandes qualidades dos melhores da posição é saber seguir jogando, mesmo com tudo ruindo ao seu redor, em especial em momentos de decisão. Afinal de contas, é isso que se espera da sua peça mais importantes: frieza, para que quando tiver oportunidade, saiba matar o jogo. Foi isso que Derek Carr fez no último domingo, para ajudar o Las Vegas Raiders a vencer o New York Jets com pouco mais de 10 segundos no relógio.
Primeiro ele mostra inteligência situacional, ao entender que qualquer passe que venha a ser completo e não seja um touchdown, tem que ser para lateral, de modo que o jogador saia de campo e para o relógio. Os Raiders não tinham mais nenhum timeout. Depois, entra a frieza e percepção que os safeties estão muito embaixo, próximos do box. Com isso, ele pede a proteção de 7 homens, que consegue conter a blitz. Ainda precisa escalar o pocket e fazer o passe para Henry Ruggs bater a marcação individual e anotar o touchdown da vitória. Foi uma chamada absurda dos Jets, mas houve mérito de Carr também.
https://vimeo.com/489645278
Play-action, a arma do momento nos Browns
Quando Kevin Stefanski foi contratado pelo Cleveland Browns, a primeira coisa que se imaginou foi que seu ataque seria desenhado de forma semelhante ao utilizado durante seu tempo como coordenador ofensivo do Minnesota Vikings: linha ofensiva muito forte e móvel, capaz de se mover lateralmente nas corridas em zonas; running backs inteligentes e explosivos para lerem o espaço e atacar com apenas um corte; e muito roll out e play-action para colocar Baker Mayfield em boas condições. Se isso estivesse em formato de lista, poderíamos dar um “check” em tudo, pois é bem o que aconteceu.
