Josh Norman traz experiência e opções à secundária dos 49ers

Pouca profundidade na posição e provável encaixe do cornerback no esquema defensivo do time fazem aposta em Norman valer a pena, sobretudo com um contrato de 2,5 milhões baseado em incentivos por produção

No início da semana, o San Francisco 49ers anunciou a chegada de Josh Norman, cornerback ex-Buffalo Bills. O contrato é de uma temporada e terá o valor máximo de 2,5 milhões de dólares, a depender de incentivos por metas de produção. A equipe da Califórnia será a quarta da carreira do veterano, o qual viveu seus melhores dias no Carolina Panthers antes de se transferir a Washington e passar 2020 em Buffalo.

Prestes a completar 34 anos de idade, Norman está longe da forma que o levou a ser eleito Pro-Bowler e All-Pro em 2015, porém ele ainda pode ser útil aos 49ers trazendo experiência e opções a um grupo pouco profundo de cornerbacks, composto majoritariamente por jovens e jogadores com histórico de lesão.

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Utilidade de Norman pode ser grande em situações específicas

Norman construiu a sua fama marcando em zona, mais ou menos no mesmo estilo de Richard Sherman. Foi assim que ele virou uma estrela em 2015 e ganhou um contrato de 75 milhões ao sair de Carolina rumo a Washington. Claro, ele não faz só isso e também precisou marcar homem-a-homem em vários momentos da vida, mas a zone coverage é o seu habitat natural.

O sistema de San Francisco sob o comando de Robert Saleh usou bastante defesa em zona nas temporadas passadas, o que explica o relativo sucesso de Sherman até os problemas físicos minarem de vez a sua carreira. Saleh foi embora, é verdade, no entanto deixou o discípulo DeMeco Ryans no cargo de coordenador. A expectativa é a filosofia não mudar muito com ele, embora Ryans tenha mostrado maior propensão a chamar blitzes durante os duelos de pré-temporada – o que, em tese, sinaliza para mais cobertura homem-a-homem na secundária.

Enfim, Norman não é capaz de acompanhar D. K. Metcalf passo a passo nesta altura da carreira, entretanto possui valor em situações na qual a experiência e o entendimento do jogo são mais importantes do que a fisicalidade. Além disso, não é como se ele chegasse para ser titular em tempo integral e seguir o melhor recebedor adversário em todos os snaps. Esse não foi o caso nem nos Bills, onde Josh começou apenas três partidas em 2020.

49ers necessitavam de profundidade na posição

Os números recentes de Norman realmente assustam um pouco. Por exemplo, segundo o Pro Football Focus, foram 16 touchdowns permitidos somando seus dois últimos anos de Football Team. É demais, fora o alto percentual de passes completos e jardas cedidas. Contudo, conforme dissemos antes, ele é um quebra-galho.

A franquia já possuía Jason Verrett, Emmanuel Moseley e K’Waun Williams (slot) garantidos como titulares, mas não tinha muita coisa além deles, dependendo dos calouros Ambry Thomas e Deommodore Lenoir se algo desse errado. Norman é uma bote salva-vidas em caso de emergência, além de poder atuar imediatamente em formações carregadas de defensive backs. Aliás, tanto Verrett quanto Moseley perderam tampo no Training Camp por conta de lesões, sendo o primeiro dono de um histórico imenso de cirurgias e problemas físicos.

San Francisco está escaldado pelo que aconteceu em 2020 e não dá para culpá-los por quererem encorpar o plantel. A secundária de fato era o setor mais frágil do time e precisava de um último retoque antes da temporada regular começar. Dentro do atual contexto, Norman é uma aposta boa, barata e capaz de ajudar uma equipe já acertada e sonhando em voltar ao Super Bowl.

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