Lamar falha no primeiro teste do novo ataque dos Ravens

Jogo maluco no final da primeira semana não impressionou quem esperava ver um ataque melhor desenhado em Baltimore; velhos problemas de Lamar Jackson deram as caras em derrota dos Ravens na estreia

Quem ficou acordado até o fim da partida entre Baltimore Ravens e Las Vegas Raiders se deliciou com um dos finais mais malucos e divertidos em várias temporadas. Os Raiders mataram o jogo na prorrogação com um touchdown de Zay Jones, mas pra chegarem até esse ponto, precisou de muito esforço das duas equipes para não vencer a partida – Las Vegas, inclusive, desperdiçou mais chances que Baltimore, mesmo tendo saído com a vitória.

A narrativa oculta desse jogo é que os Ravens poderiam (e deveriam) ter saído com a vitória já no tempo normal. Quem esperava ver Lamar Jackson em grande forma se viu decepcionado e com uma versão semelhante ao quarterback dos últimos anos: flashes brilhantes de produção e grandes jogadas mesclados com erros bobos e inconsistência que custaram caro ao ataque.

É cedo pra se tomar conclusões definitivas, porém, Lamar ficou devendo bastante na abertura da temporada.

Marca de Lamar na primeira semana: inconsistência

Pra ser claro aqui: não estamos dizendo que Lamar jogou mal e que a culpa da derrota dos Ravens é só dele. O que estamos criticando é que Jackson ficou devendo em coisas que são básicas e que, a esse ponto de sua carreira, ele já devia ter melhorado.

A inconsistência foi a sua marca frente ao Las Vegas Raiders. Em que pese a linha ofensiva sofrendo contra o pass rush dos Raiders, especialmente pelo show da atuação de Maxx Crosby, Lamar mostrava os mesmos sinais de desespero quando pressionado que em outros anos de sua carreira. A qualidade dele estendendo as jogadas também tem resultados positivos, claro, só que reverter sempre pro scramble não será a melhor opção todas as vezes.

O segundo ponto em que Jackson deveria ter feito um trabalho melhor na partida contra os Raiders foi relacionado à progressão durante as jogadas. Algumas oportunidades ficaram em campo e, se melhor aproveitadas, o placar seria mais favorável aos Ravens, como por exemplo uma conversão de terceira descida no segundo tempo perto da red zone em que o quarterback fez a leitura errada baseado no desenho da jogada. Se a bola vai em direção ao alvo designado (no caso, o tight end Mark Andrews), a campanha seria estendida perto da end zone; sem essa conversão, Baltimore teve de se contentar com o field goal.

Lamar reverteu para o flat, e a precisão no passe foi bem ruim. A campanha acabou ali.

O terceiro e último ponto passível de críticas é que o quarterback dos Ravens precisa cuidar melhor da bola. Em uma das jogadas em que ele decidiu correr com a bola, já no último quarto e com os Ravens liderando por uma posse, ele sofreu um fumble no seu campo de defesa que reacendeu a esperança dos Raiders na partida – o drive seguinte dos donos da casa seria o touchdown para empatar o placar. O segundo fumble, na prorrogação, deixou Las Vegas já em posição para capitalizar a vitória, como o fizeram.

Jackson adiciona muito com as pernas, deve renovar seu contrato por um valor gigante e de forma merecida, e é um grande jogador. Só que a inconsistência no seu jogo é preocupante, porque o calo aperta bastante quando janeiro chega, e alguns dos erros são bobos demais para um jogador de sua qualidade no quarto ano de NFL. A abertura da temporada foi decepcionante para quem esperava ver Lamar ainda mais evoluído – embora, é claro, ele continue como um bom jogador.

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