O Las Vegas Raiders empolgou em alguns momentos de 2020, como ao vencer o Kansas City Chiefs fora de casa. Mas, novamente, minguou na parte final do ano e acabou de fora dos playoffs. Jon Gruden promoveu uma reformulação na linha ofensiva e trouxe um novo coordenador para sua defesa, já que chegando ao quarto ano de sua gestão mostrar resultados se torna necessário.
DRAFT E FREE AGENCY 2021: após se livrar de alguns medalhões, os Raiders foram ao mercado e trouxeram peças que se encaixem no sistema do novo coordenador Gus Bradley, com destaques para o EDGE Yannick Ngakoue e o cornerback Casey Hayward. No ataque, Kenyan Drake chega para diminuir a carga de Josh Jacobs e John Brown traz velocidade para o corpo de wide receivers.
Já o Draft foi novamente controverso, com a franquia selecionado o offensive tackle Alex Leatherwood na primeira rodada, um prospecto de conceito duvidoso entre a maioria dos analistas. O safety Trevor Moherig veio na segunda rodada e, por outro lado, pode impactar de imediato numa secundária que foi problema em 2020.
Principal reforço: Yannick Ngakoue, EDGE. Ngakoue teve um ano conturbado em 2020, passando por Minnesota Vikings e Baltimore Ravens. Mesmo assim, ele teve 44 pressões, sendo 7 delas convertidas em sacks, números parecidos com os de Maxx Crosby, melhor jogador dos Raiders na temporada passada. Querendo voltar aos melhores dias de sua carreira, é uma adição interessante para uma unidade que precisa finalizar melhor suas jogadas.
Principal perda: Rodney Hudson, C. Um dos melhores e mais inteligentes centers de toda liga, Hudson acabou deixando o time por uma escolha de terceira rodada do Draft, como parte do processo de rejuvenescimento da linha ofensiva. Com apenas um sack cedido na temporada passada, será um grande desfalque.
Nova linha ofensiva é esperança no jogo corrido
Curioso notar que o time comandado por Gruden, um defensor do futebol americano old school e que adora correr com a bola, tenha tido tantos problemas pelo chão na temporada passada. Apenas o 20° em jardas por tentativa e 24° em eficiência, o jogo corrido foi o calcanhar de Aquiles da unidade.
Isso motivou grandes mudanças na linha ofensiva: além de Hudson, os veteranos Gabe Jackson e Trent Brown deram adeus ao time. Para recompor o grupo, Kolton Miller teve seu contrato renovado e Alex Leatherwood veio via Draft, com Denzelle Good fazendo a transição em definitivo para função de guard. Ainda existe um buraco na posição de center, como Nick Martin e Andre James brigando pela posição. Se a ideia aqui era melhorar, o tiro pode ter saído pela culatra: a nova configuração não anima ninguém. Martin, em especial, não vem de um bom ano na proteção ao passe. Isso deve significar problemas para Carr, que sob pressão dá suas sapateadas no pocket.
Josh Jacobs também tem terá companhia com a chegada de Kenyan Drake, um veterano com boa visão de jogo e que pode colaborar recebendo passes. Desta forma, Jacobs terá uma carga menor sobre seus ombros, algo que ele pode não gostar já, mas que deve tornar sua vida útil na NFL mais longa.
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Deserto defensivo dos Raiders
No jogo aéreo, Derek Carr segue sempre na corda bamba: por mais que jogue bem, a falta de resultados mais expressivos sempre faz com que ele não seja tão apreciado pelos críticos. Em 2020, ele foi um quarterback top-10 em praticamente todas as estatísticas da NFL, inclusive nas avançadas. O camisa 4 também mostrou uma nova faceta em seu jogo: foram mais de 1000 jardas e 10 touchdowns em bolas que viajaram pelo menos 20 jardas no ar.





