É finda a jornada de Mark Sanchez na NFL. De quinta escolha no Draft de 2009 a motivo de ironias por contas de alguns momentos no mínimo “inusitados” na carreira , Sanchez participou de 85 jogos em 10 anos na NFL, tendo lançado para 95 touchdowns e 92 interceptações. Agora ele se dedicará a ser analista de televisão em jogos do futebol americano universitário, comentando na ESPN americana os jogos aos sábados. Bem articulado e com boa presença perante as câmeras, é bem provável que venha a alcançar sucesso rápido. Vale lembrar que Sanchez jogou por USC nos seus tempos de universitários e teve uma temporada espetacular em 2008, que elevou sua cotação no Draft, mesmo com alguns problemas técnicos identificados nos vídeos.
O agora analista teve início de carreira promissor: jogando New York Jets, chegou a final da AFC em seus dois primeiros anos na NFL (foi derrotado em ambos), vencendo grandes quarterbacks como Tom Brady, Peyton Manning e Philip Rivers. A bem verdade é que o time se ancorava em uma forte defesa e num jogo corrido que conduzia o ataque, fazendo com que Sanchez fosse um administrador dos planos de jogo em vez de peça fundamental. Cabia a ele fazer o simples e não cometer erros crassos que impactassem no resultado. Assim que essa base ruiu, seus defeitos começaram a ficar latentes e sua carreira começou a ruir. Brigas com wide receivers como Santonio Holmes , interceptações e fumbles marcariam seu declínio.
Um fumble aliás, marcaria sua carreira para sempre: no jogo do feriado de Ação de Graças de 2012 contra o New England Patriots, Sanchez deveria entregar a bola para o fullback Lex Hilliard na sua direita, mas na hora fez o movimento para esquerda, onde não havia ninguém. Tentando salvar a jogada, ele resolveu correr com a bola para ao menos evitar a perda de jardas. A emenda saiu pior que o soneto: Sanchez esbarrou nas nádegas do guard Brandon Moore, sofreu o fumble que foi recuperado por Patriots para touchdown. O episódio em rede nacional, no jogo de maior audiência do ano, ficou conhecido como “buttfumble” e acompanhou o resto da sua trajetória na liga. Sanchez passou a aparecer mais em páginas de humor que nas de esportes.
Após isso, Sanchez ainda lesionaria o ombro na temporada seguinte e seria dispensado ao fim da 2013 pelos Jets. Passagens pelo Philadelphia Eagles (onde até teve alguns bons momentos), Denver Broncos, Dallas Cowboys, Chicago Bears e Washighton Redskins fariam parte de sua trajetória, sempre como reserva e tendo poucas oportunidades de jogar. Sem time desde o fim da última temporada, Sanchez pôs fim a carreira e agora segue o novo rumo.
LEIA TAMBÉM as outras prévias que já publicamos
Prévias 2019: A última chance de Marcus Mariota
Prévias 2019: Deshaun Watson sobrevive à sua péssima linha ofensiva?
Prévias 2019: Nick Foles era a peça que faltava para os Jaguars?
Prévias 2019: Ano decisivo para técnico e Matt Ryan
Prévias 2019: Bruce Arians conseguirá salvar a carreira de Jameis Winston?
Prévias 2019: Haskins é o suficiente para os Redskins não sentirem falta de Alex Smith?
Prévias 2019: Vegas aposta em Mitchell Trubisky. Chicago coletará os lucros?
Prévias 2019: Philadelphia vai até onde Wentz (saudável) levar
Prévias 2019: A reconstrução dos Bengals começa em 2019
Prévias 2019: Josh Allen tem capacidade de dar o próximo passo?
