Muita coisa vai ser diferente no Green Bay Packers de 2023, nenhuma mais do que o quarterback. Com a troca de Aaron Rodgers para o New York Jets iminente, a franquia já deixou mais do que claro que confiam em Jordan Love e que ele será o titular a partir de agora. Sendo assim, é hora de se planejar para lhe dar condições de se desenvolver como quarterback – e amigos, como os Packers precisam de planejamento.
Não tem Aaron Rodgers que daria jeito nesse grupo de recebedores, diga lá um quarterback que chegará em setembro com apenas um jogo de titular em três anos de carreira. Quando as cortinas do Draft se fecharem em Green Bay, é bom que o time tenha pelo menos mais duas opções para Love passar a bola.
Ataque sobre defesa, sem medo de ser feliz
Eu sei que a defesa dos Packers ficou bem abaixo das expectativas no ano passado, eu sei que pode ser que Preston Smith e Rashan Gary movam para outros caminhos no ano que vem… mas se Green Bay for com um jogador defensivo no Draft, eu vou considerar um erro – a menos que seja uma escolha de muito valor no nível Tyree Wilson.
É só que, quando eu olho pra esse grupo de recebedores dos Packers, fica muito difícil de ver como eles podem ajudar no desenvolvimento de Jordan Love. Sério, se somar todas as jardas recebidas na carreira dos cinco wide receivers sob contrato você tem 1.118 jardas. Sei que o mercado de recebedores foi escasso na free agency, sei que só Jaxon Smith-Njigba seria uma boa escolha ali na #15, sei que não é correto draftar por need e ignorar valor posicional.
Só que a ideia de Green Bay não investir pesado no ataque nos primeiros dois dias de Draft é muito assustadora pra mim porque a temporada depende exclusivamente do desenvolvimento de Jordan Love. Eu gosto dos dois recebedores que os Packers pegaram no ano passado e acredito que terão espaço (e futuro) na NFL. Só não é o suficiente. Os relatos são de que, indefinições a parte, o acordo com os Jets pela troca de Rodgers envolve uma escolha de segunda rodada. Por que não utilizá-la para subir e ir atrás de Smith-Njigba?
Outra possibilidade que eu acharia bem decente é o time pegar Michael Mayer na primeira rodada, um tight end vindo de Notre Dame pelo qual sou fascinado como prospecto. Ele não vai ser a solução para o jogo aéreo, porém com certeza vai te oferecer mais nesse sentido do que Josiah Deguara.
É um bom momento pra lembrar daquela estatística que todo torcedor dos Packers cansou de ouvir: o time não pega um wide receiver na primeira rodada desde 2002. Aaron Rodgers e Brett Favre conseguiam fazer muito com pouco. Não dá pra exigir o mesmo de Jordan Love já no seu primeiro ano.
Troca por Rodgers muda panorama dos Packers
Com New York e Green Bay novamente engajados nas conversas para tornar o acordo por Aaron Rodgers oficial, é importante pensar nos desdobramentos. Uma escolha extra de segunda rodada, por exemplo, é um bom material de troca; se não for assim usada, talvez seja o melhor momento para ir atrás de um EDGE. Uma boa possibilidade é um jogador bastante atlético (como Brian Gutekunst é bastante fã) que talvez precise de um ano para se desenvolver, já que ele não vai ser titular imediato com Smith/Gary ali.
No cenário hipotético em que a troca acontece e Green Bay fica com 4 escolhas no top-80, duas dessas escolhas precisam ser alvos para Jordan Love. Ele está entrando no último ano do seu contrato de calouro e os Packers terão de tomar a decisão de ativar ou não (spoiler: irão) a opção de quinto ano. O time tem pouco tempo para descobrir se Love é o verdadeiro sucessor de Rodgers ou se não está apto para tal, e não há como descobrir isso da forma correta se não lhe der condições para jogar bem.
Green Bay precisa muito sair desse Draft com o ataque reforçado.
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