O mais difícil não é chegar ao topo, mas permanecer lá: o Los Angeles Rams está sentindo isso na pele no começo de temporada. Por mais que a campanha não seja nada trágica – são duas vitórias e duas derrotas, como quase metade da liga – a forma como a equipe comandada por Sean McVay vem atuando é que preocupa: são inúmeros problemas dos dois lados da bola, fazendo com que a confiança num bicampeonato vá se esvaindo domingo a domingo.
Claro que com apenas um quarto da temporada, nem tudo está perdido e o tempo para melhora ainda existe. Todavia, o que preocupa é o fato dos buracos no elenco serem maiores que o do passado: se antes, trocar escolhas altas de Draft por algum veterano visava deixar o time ainda mais forte, agora é quase que mandatório para poder pensar em competir em janeiro. Vale a lembrança que a primeira escolha dos Rams em 2023 já está comprometida, visto que foi usada na troca por Matthew Stafford.
Nem parece o mesmo ataque
Lembra daquela unidade explosiva, que fazia big plays com constância, da temporada passada? Sumiu sem deixar rastro.
A começar pela linha ofensiva: as inúmeras lesões no miolo da linha ofensiva – os 2 guards e o center estão fora – minam o trabalho da equipe: o jogo corrido tem menos de 3,5 jardas por tentativa e não consegue encontrar ritmo. Isso causa um desequilíbrio, fazendo com que os Rams passem a bola demais. E aí, ficando previsível, o ataque morre pelo ar. Para piorar, Joseph Noteboom – substituto de Andrew Whitworth, que se aposentou – é um left tackle muito fraco.
Como desgraça pouca é bobagem, Allen Robinson não é nem sombra do jogador que já foi no passado e Van Jefferson está lesionado. A carga sobre Cooper Kupp é desproporcional: ele tem o triplo de alvos que o segundo wide receiver. Quando Stafford procura Kupp e ele está marcado, restam poucas alternativas e a pressão chega. Não por acaso, o quarterback dos Rams é o que tem mais interceptações e o segundo mais sackado. Um ciclo de ineficiência incrível.





