Pode ser uma estratégia para barganhar com possíveis interessados. Pode ser para desmentir o boato mesmo. Fato é que há algumas semanas, Michael Lombardi – ex-membro de diretorias da NFL, notoriamente Patriots e Browns, e agora correspondente do The Ringer – reportou que o Seattle Seahawks estaria disposto a trocar o cornerback Richard Sherman. Entre tantos “vai e vem” na posição de cornerback dos Seahawks, Sherman foi o nome que se solidificou nos últimos anos.
Mas ele fará 29 anos nesta temporada – e para um cornerback cujo maior ativo é a marcação individual, preocupa o futuro (vide Darrelle Revis e seu declínio nos Jets). Assim, natural que, por maior que fosse o espanto, ante uma classe tão talentosa na posição neste próximo Draft, trocar Sherman não seria bizarro. Ele tem dois anos de contrato e receberá mais de 10 milhões em ambos. Considerando que Seattle tem outras necessidades mais latentes – notoriamente a linha ofensiva – caso a equipe estivesse satisfeita com uma peça de reposição via Draft, teria aceitado uma troca.
Para onde? Bom, Ian Rapoport reportou que os Patriots, antes de contratarem Stephon Gilmore via free agency, deram um telefonema. Os Saints, equipe que parece seguir os rumos da Northwestern Defense – cover 3 e cover 1 com single high, também fariam sentido como destino. Mas, no momento, Sherman é importante demais para o sistema de Seattle.
Por mais que a essência do negócio esteja no front seven – ou “front court”, em analogia ao basquete – ficou notório com a ausência de Earl Thomas no ano passado que esse time não é a mesma coisa sem a secundária inteira em campo. Ademais, parte da queda de produtividade de Seattle ao longo do ano se deveu a Sherman não jogar 100%. E do outro lado de Richard temos um panteão de incompetência desde que Brandon Browner deixou a Legion of Boom. Entra ano, sai ano, o cornerback que alinha no oposto de Sherman é explorado pelos ataques adversários.
“Não vejo nada acontecendo”, disse Pete Carroll, técnico do time, sobre eventual troca. E não deve acontecer mesmo – ou, por ironia do destino e só para este post viralizar e me mandarem para provar que eu não entendo nada de futebol americano.
A chance é zero? Não. Até o Wesley Safadão sabe que sempre existe aquele 1$%. Mas a chance é baixa. A menos que Sherman caia de produtividade de maneira latente no próximo ano ou que ele peça zilhões para um futuro contrato, o camisa 25 deve continuar no noroeste americano.
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