Quatro jogos e uma lesão no ombro direito. Foi o tempo e o algoz para que a torcida do Indianapolis Colts conhecesse e se apaixonasse instantaneamente por Anthony Richardson. A tão sonhada quarta escolha de draft de 2023 – a mais alta da franquia para a posição desde Andrew Luck – mal estreou na liga e já teve que passar por cirurgia e abandonar sua temporada de calouro. Os Colts lutaram até o fim no ano passado, porém a pulga ficou atrás da orelha. E se ele não tivesse se machucado? O que aconteceria?
Virada a página de 2023, as movimentações que a franquia fez durante a offseason deixou um recado bem claro: hora de apostar tudo no nosso quarterback. Em uma divisão imprevisível e repleta de jovens promessas como a AFC South, a estrela de Richardson pode brilhar mais do que o esperado.
Um segundanista quase calouro
Uma das grandes dúvidas em torno de Richardson na época de seu recrutamento era justamente sobre o seu espaço amostral: um prospecto jovem e de potencial atlético absurdo, contudo o pouco tempo dentro de campo como titular trazia pontos de interrogação ao seu perfil. Os Colts sabiam disso e o escolheram no topo do draft. E quando entrou em campo, isso de fato se comprovou e, além disso, Anthony Richardson mostrou flashes positivos e acima da expectativa. Até sofrer a lesão no ombro direito na semana 5, claro.
A frase “quanto menos tempo em campo um quarterback calouro tem, mais complicado fica seu aprendizado e capacidade de processamento de jogo” e suas variáveis fica ainda mais real se colocarmos na situação dos Colts. Para além de lesionar o braço no qual faz passes (e isso é uma questão a se observar também), Richardson ainda tem muita coisa para lapidar no seu jogo. Seus grandes trunfos são neste momento os mesmos pré-draft: a idade e o potencial atlético. Vale lembrar que ele tem 22 anos, entrando a temporada com a mesma idade de alguns calouros em 2024 – nesse caso, Caleb Williams e Drake Maye.
