Não renovar (ainda) em longo prazo com Kirk Cousins é mais um acerto da diretoria de Washington

Dois anos atrás pouco se esperava de Washington. Com um dono que adora interferir, gastar rios de dinheiro na free agency e uma situação na posição de quarterback minimamente estranha, a franquia parecia que passaria por períodos difíceis novamente. Só que a chegada do novo general manager, Scot McCloughan, a qual passou despercebida por boa parte da imprensa, indicava que os rumos mudariam.

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McCloughan não conseguiu apenas garimpar talentos no Draft e fazer aquisições chaves via Free Agency (a fórmula do sucesso), ele também conseguiu trazer uma estabilidade para um front office conhecido por ser disfuncional nos últimos anos. Com isso, Snyder se distanciou da equipe e parou de interferir (aparentemente) na disputa entre Robert Griffin e Kirk Cousins – para alívio de Jay Gruden, que não parecia tão seguro no cargo para o restante da temporada.


Com esta estabilidade, Washington conseguiu (dentro de suas limitações) fazer a sua parte e conquistar uma pedestre NFC East. Confiando na tática de reforçar uma linha ofensiva anteriormente limitada e tendo um desempenho dentro de suas limitações (ganhando dos times com recordes negativos e perdendo para os positivos; foi 0-4 contra quem teve mais vitórias que derrotas), a franquia deu a volta por cima e precisava tomar uma decisão importante: renovar ou não com Cousins?

Kirk Cousins ressurgiu após ter estabilidade no final do último ano. Terminou a temporada com 29 touchdowns e 11 interceptações, mas, muito além dos números, jogou bem e até mesmo teve a sua estréia em playoffs. Só que precisamos ser realistas. Até hoje, Cousins possui vitórias contra Browns, Titans, Rams, Eagles, Buccaneers, Saints, Giants, Bears, Bills e Cowboys. Tirando Los Angeles e Buffalo, nenhuma defesa extraordinária. Além disso, ele teve apenas uma sequência de seis jogos para fechar o ano muito bem, porém vale lembrar que seu time marcou apenas 16 pontos na derrota contra um Dallas meio desacreditado.

Dá para entender o desejo de renovar rapidamente com ele, afinal traria uma estabilidade única para a posição. Só que a melhor decisão foi a tomada por McCloughan: oferecer um contrato com baixos números e aplicar a franchise tag. Afinal, não se sabe o que Cousins pode virar. Ele pode ser um Nick Foles 2.0 ou acabar virando um Kurt Warner – no sentido de sair do limbo para virar uma estrela. Com a primeira intertemporada sem ter que olhar para trás e sendo o titular absoluto, é a hora de descobrir o que Kirk Cousins pode trazer para a franquia.


Olhando no ângulo do quarterback, o negócio também é lucrativo. Ele vai ganhar perto de 20 milhões de dólares e poderá mostrar todo o seu potencial e se valorizar ainda mais para a próxima intertemporada. Se ele repetir o mesmo desempenho do final do ano passado, não há dúvidas que vai receber entre 23 e 25 milhões de dólares na Free Agency – seja pago por Washington ou não. A situação é a melhor para as duas partes.

Avaliamos a decisão de Cousins e Washington como muito positiva. Sinceramente, qualquer decisão tomada por parte do quarterback o faria perder valor. Claro que ele pode se machucar ou regredir, mas isso seria importante para Washington saber o que tem em mãos e poder pensar em seguir a vida e buscar um outro signal caller. No cenário ideal Cousins jogará bem, Washington ficará feliz em renovar o seu contrato e a franquia deverá se tornar a força do futuro na NFC East.

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