Passados os primeiros dias do início do período da free agency, em que as equipes podem assinar contratos com os jogadores cujos compromissos anteriores com outros times se encerraram, o Pro Football traz as necessidades de cada uma das 32 franquias da NFL. Com muito espaço sobrando dentro do teto salarial, era de se esperar uma grande competição pelos principais jogadores disponíveis. Assim, várias equipes se reforçaram (algumas gastando muito por isso).
As equipes não estão prontas para a temporada, é claro. Além de ainda ter muita água pra rolar na free agency, daqui a pouco chegamos ao draft, sempre uma fonte de esperança para todas as equipes (e seus torcedores). Ao longo do mês de abril, teremos uma série de 32 textos: um para cada franquia da liga. Assim, você poderá saber quais os buracos do seu time e como ele pode se reforçar pelo recrutamento universitário. Claro: o Draft também serve para se reforçar visando o futuro. Quem diria que o New York Giants escolheria Odell Beckham Jr em 2014 mesmo já tendo Victor Cruz? Recebedor não era uma necessidade tão grande na época, mas os Giants optaram por escolher o melhor jogador disponível.
Os times variam entre essas duas opções: ou tentar preencher uma lacuna de necessidade de seu time ou escolher o melhor jogador disponível – em inglês, BPA, best player available. No final de abril teremos tabelões com os melhores jogadores. Agora é a hora de falarmos sobre as necessidades e sobre o Indianapolis Colts.
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Quem Ficou na Free Agency: TE Jack Doyle, RB Robert Turbin
Quem Chegou na Free Agency: P Jeff Locke (Vikings), LB Barkevious Mingo (Patriots), LB/DE Jabaal Sheard (Patriots), LB John Simon (Texans), DE Margus Hunt (Bengals), WR Kamar Aiken, TE Brandon Williams, ILB Sean Spence, NT Al Woods, C Brian Schwenke
Quem Saiu na Free Agency: S Mike Adams (Panthers), TE Dwayne Allen (troca para os Patriots), LB D’Qwell Jackson (cortado), DT Zach Kerr (Broncos), OLB Robert Mathis (aposentou), P Pat McAfee (aposentou), T/G Joe Reitz (aposentou), CB Patrick Robinson (cortado), DE Arthur Jones (cortado),
NECESSIDADES DOS COLTS NO DRAFT 2017: EDGE, OL, RB
Depois de mais um frustrante record 8-8, Indianapolis decidiu demitir o general manager Ryan Grigson. Em cinco anos com a equipe, o executivo nunca foi capaz de montar um elenco equilibrado e de qualidade, embora os Colts tenham se classificado aos playoffs algumas vezes no período – mais pela incompetência generalizada da AFC South do que por méritos dos companheiros de Andrew Luck. Grigson era muito criticado porque não conseguia resolver certos problemas crônicos da franquia. Agora, caberá a Chris Ballard a missão de construir o plantel de Indianapolis.
Edge Rusher
Os Colts podem olhar com atenção para qualquer posição da defesa, afinal uma injeção de talento será bem-vinda em qualquer setor. A prioridade, porém, deve ser encontrar um novo pass rusher para infernizar os quarterbacks adversários, sobretudo após a aposentadoria de Robert Mathis.
O time assinou com alguns outside linebackers na Free Agency, mas nomes como Jabaal Sheard e Barkevious Mingo são mais para compor elenco do que qualquer outra coisa. Indianapolis precisa de um edge rusher jovem e intimidador para ser a base dessa defesa no presente e no futuro.
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Offensive Linemen
Sendo curto e grosso: apenas o left tackle Anthony Castonzo e o center Ryan Kelly (que era calouro no ano passado) são confiáveis nessa linha ofensiva. O resto dos jogadores sofre ou com problemas técnicos ou problemas físicos, sendo bastante comum vermos os Colts utilizarem inúmeras combinações diferentes de atletas ao longo da temporada. A unidade, aliás, cedeu 44 sacks e 128 hits em 2017, respectivamente a quinta e a segunda pior marca da NFL. Luck foi pressionado em 35% de seus recuos para passe – 4ª pior marca da liga.
Aparte de Luck ser constantemente uma pinhata, temos o problema de que essa linha não abre perimetrais para o jogo terrestre. A franquia ainda pode acreditar no desenvolvimento do right tackle segundanista Le’Raven Clark, porém achar novos guards é uma necessidade real.
Running back
Frank Gore foi sólido na temporada passada, mas ele está prestes a completar 34 anos de idade e não durará para sempre – sem contar que seu contrato acaba agora em 2017. Já está na hora dos Colts começarem a pensar na vida pós-Gore. Mesmo tendo um veterano que até que rendeu mais do que esperado, o conjunto da obra não é dos melhores. Os corredores de Indianapolis tem média de 1,28 jardas APÓS o contato. Ou seja: não quebram tackles. Ademais, o time teve apenas quatro corridas para mais de 20 jardas – isso contando as 17 semanas de 2017.
Por sorte, a classe de running backs do próximo Draft é uma das mais talentosas dos últimos tempos, então boas opções não faltarão, seja no começo, meio ou fim do recrutamento.
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