Passados os primeiros dias do início do período da free agency, em que as equipes podem assinar contratos com os jogadores cujos compromissos anteriores com outros times se encerraram, o Pro Football traz as necessidades de cada uma das 32 franquias da NFL. Com muito espaço sobrando dentro do teto salarial, era de se esperar uma grande competição pelos principais jogadores disponíveis. Assim, várias equipes se reforçaram (algumas gastando muito por isso).
As equipes não estão prontas para a temporada, é claro. Além de ainda ter muita água pra rolar na free agency, daqui a pouco chegamos ao draft, sempre uma fonte de esperança para todas as equipes (e seus torcedores). Ao longo do mês de abril, teremos uma série de 32 textos: um para cada franquia da liga. Assim, você poderá saber quais os buracos do seu time e como ele pode se reforçar pelo recrutamento universitário. Claro: o Draft também serve para se reforçar visando o futuro. Quem diria que o New York Giants escolheria Odell Beckham Jr em 2014 mesmo já tendo Victor Cruz? Recebedor não era uma necessidade tão grande na época, mas os Giants optaram por escolher o melhor jogador disponível.
Os times variam entre essas duas opções: ou tentar preencher uma lacuna de necessidade de seu time ou escolher o melhor jogador disponível – em inglês, BPA, best player available. No final de abril teremos tabelões com os melhores jogadores. Agora é a hora de falarmos sobre as necessidades e sobre o Baltimore Ravens.
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Quem Ficou na Free Agency: DB/LB Anthony Levine, QB Ryan Mallett, NT Brandon Williams, S Lardarius Webb (cortado e depois contratado de novo)
Quem Chegou na Free Agency: S Tony Jefferson (Cardinals), RB Danny Woodhead (Chargers), CB Brandon Carr (Cowboys),
Quem Saiu na Free Agency: G Vlad Ducasse (Bills), LB Elvis Dumervil (cortado), DE Lawrence Guy (Patriots), FB Kyle Juszczyk (49ers), S Kendrick Lewis (cortado), LB Zachary Orr (aposentou), WR Steve Smith Sr. (aposentou), T Rick Wagner (Lions), CB Shareece Wright (cortado), DT Timmy Jernigan (troca com os Eagles), C Jeremy Zuttah
NECESSIDADES DOS RAVENS NO DRAFT 2017: WR, OLB (EDGE), DB
Wide Receiver
Joe Flacco já mostrou ser um quarterback capaz de liderar a equipe, mas os Ravens não ajudaram muito deixando apenas Steve Smith como opção verdadeiramente confiável nos últimos anos. Quando seu principal recebedor tem 37 anos, algo está bastante errado em seu time. Certamente a chegada de Mike Wallace ajudou, mas ele não é mais o jogador dominante que fora em Pittsburgh – apesar de ter feito uma boa temporada em 2016 – e já está na casa dos 30 anos. Uma estatística mostra como isso é preocupante para o médio e longo prazo: os Ravens tiveram mais de 1800 jardas recebidas se contarmos os wide receivers com mais de 30 anos. Os com menos de 30 anos, em 2016, combinaram para apenas 873 jardas.
Agora sem o aposentado Smith, as coisas ficaram mais complicadas – portanto, chegou a hora de procurar um jovem talento para a posição e ajudar Flacco a voltar a ter anos dourados. Um possession receiver para complementar a velocidade de Wallace seria o ideal para suprir a lacuna na ofensiva de Baltimore.
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Edge-Rusher
A defesa dos Ravens é historicamente muito forte, mas a idade está chegando para algumas das principais peças. Aos 34 anos, Terrell Suggs já não é mais o mesmo (completa 35 em outubro), precisando ser preservado para conseguir se manter saudável e jogar em alto nível. Já Elvis Dumervil não renovou, mas ainda é free agent e, mesmo que volte para Baltimore, já tem 33 anos. Ambos ainda tem gasolina no tanque, mas é totalmente inviável pensar em sobrecarregá-los. Em 2016, os Ravens tiveram oito jogos com um sack ou menos.
Ademais, não há nenhum talento que seja visto com um futuro promissor como pass rusher da equipe. Assim, torna-se essencial adicionar sangue novo que consiga pressionar os quarterbacks adversários e poder dar um descanso para os veteranos. Considerando esta ser um classe com bons prospectos defensivos, é muito provável Baltimore reforçar o setor com alguma de suas três primeiras escolhas. Apenas assim para a unidade voltar a ser temida como fora alguns anos atrás.

Cornerback
Se o front seven já não é mais o mesmo, os torcedores sentem muita saudade dos tempos de Ed Reed interceptando tudo quanto era bola lá atrás. Há alguns anos a secundária da franquia não é tão temida, e Jimmy Smith é uma ilha de talento isolada – tanto é que quando não está em campo a unidade tem muitas dificuldades. Tony Jefferson foi uma excelente aquisição, e deve formar uma boa dupla ao lado de Eric Weddle – mas vale lembrar que este último também já não é mais jovem. Em 2016 os Ravens cederam 28 passes para touchdown – a segunda pior marca da história da franquia. A pior foi em 2015, com 30.
No momento, o cornerback para jogar do lado oposto à Smith é Brandon Carr, certamente bem abaixo do nível do restante da secundária. Dessa maneira, um playmaker defensivo via Draft será de fundamental importância para completar o front-seven e ser o futuro da franquia para a unidade.
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