Saiu fumaça da chaminé do Lumen Field e habemus um papa: Mike Macdonald é o mais novo técnico dos Seahawks. Após duas temporadas como coordenador defensivo do Baltimore Ravens, ele é o nome escolhido para suceder Pete Carroll depois de mais de uma década. Apesar das raízes defensivas de ambos, é o início de uma nova era em Seattle.
Mike Macdonald para leigos e não-leigos
Para iniciar a conversa, um breve resumo sobre Mike Macdonald – sim, o d é minúsculo, para o choque da redatora. Ex-coordenador defensivo dos Ravens no último ano, ele foi importante na construção de outro superelenco: em 2021, ele foi coordenador de Michigan e ajudou a montar a base da defesa campeã do college dois anos depois. Antes da ligação com os irmãos Harbaugh, ele trabalhou como assistente em Georgia no início da década passada. Mesmo com 36 anos, o currículo de Macdonald pode ser considerado bem extenso.
Porém, o seu nome só começou a ganhar mais holofotes a partir de sua segunda passagem por Baltimore em 2022, substituindo Wink Martindale. Aqui começa a virada de chave da defesa: de uma unidade que era top-10 em blitzes, marca registrada de Martindale, ela passou a usar pacotes mais criativos, com diferentes fronts e, por muitas vezes, utilizando os pontos fortes de seus jogadores para mudar as formações.
Claro que ter um Roquan Smith e um Kyle Hamilton no seu elenco é um luxo para pouquíssimos. Porém, o grande trunfo de Macdonald foi trazer à tona o melhor de jogadores pouco falados: vide Brandon Stephens, Jadeveon Clowney, Kyle van Noy e Geno Stone, nomes nos quais ninguém dava nada ou muito pouco até então. Ou até mesmo Justin Madubuike, que teve 13 sacks na temporada regular. Junte isso com suas estrelas subindo de produção, como Patrick Queen, que você terá uma defesa de elite nas suas mãos. A maior virtude de Mike Macdonald é conseguir tirar o melhor de seu elenco de maneiras criativas: exatamente o que Seattle precisa.
