5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
Quem é quem de verdade aparece
Semifinais de conferência são a última grande “linha de corte” da NFL e nessa situação você vê ainda mais a enormidade de alguns jogadores. Patrick Mahomes liderou o Kansas City Chiefs contra o Jacksonville Jaguars mesmo com uma feia torção no tornozelo, que o fez ficar um bom tempo no banco. Performance primorosa? Longe disso. Contudo, no final rodou a faca e fechou o jogo. Por mais que Chad Henne tenha jogado bem por um drive, ter Mahomes atrás do center foi fundamental para manter a confiança dos Chiefs alta.
Já no domingo, Joe Burrow novamente provou que na “hora H” ele está lá, usando principalmente seu ponto mais forte: o cérebro. Foram inúmeras vezes que o quarterback leu o box do Buffalo Bills e mudou a jogada para uma corrida, aproveitando a vantagem numérica. Fora isso, apareceu bem quando teve oportunidades como passador, não deixou chances no campo e está em mais uma final da AFC.
Dak virou porteiro
Se Burrow e Mahomes brilharam, Dak Prescott decepcionou. Sua performance contra o San Francisco 49ers foi a síntese de sua temporada: uma montanha-russa, com alguns bons lances, mas outros que colocaram tudo por terra. Interceptações burras, oportunidades deixadas em campo, passes atrás…o segundo tempo de Prescott foi tenebroso. Nos esportes de luta, costuma existir o “porteiro da divisão”: é aquele que cara com algumas lutas legais e está acima da linha média, não é ruim para ser chamado de bagre, mas não consegue dar o passo rumo aos melhores. Dak hoje é o porteiro dos quarterbacks da NFL.
A montanha por vezes é alta demais
Não acho justo colocar a derrota do New York Giants na conta de Daniel Jones: ninguém no time jogou bem contra o Philadelphia Eagles. O time da Big Apple foi até onde deu, mas existem limitações que nem um bom trabalho da comissão técnica consegue mascarar. No fim das contas, os Eagles são um time bem superior – o melhor entre os 4 sobreviventes, inclusive – e que venceram de forma natural, sem precisar fazer grande esforço. Foi uma baita temporada dos Giants, mas os limites bateram na porta.
Steve Spagnuolo sempre dá as caras
Quando seu quarterback se machuca num jogo eliminatório, você precisa de outra coisa além de ter seu reserva jogando bem: que sua defesa segure as pontas. Mahomes saiu lesionado e a unidade defensiva de Kansas City cresceu para cima dos Jaguars: foram só 3 pontos cedidos até o último quarto e dois turnovers que fecharam a partida, garantindo a classificação. Steve Spagnuolo, coordenador defensivo, sempre é muito criticado durante o ano por conta de algumas inconsistências, mas quando realmente vale, sua defesa produz e bem.
Warner é o maestro
A defesa dos 49ers é a melhor da liga e funciona como uma orquestra de alto padrão. São diversos músicos de ótima qualidade, fazendo seu trabalho de forma eficiente e sincronizada. Nick Bosa é o solista principal, aquele que aparece com destaque por ter um talento fora da curva. Contudo, nenhum concerto sai sem o maestro e ele é Fred Warner: o linebacker rege sua unidade com primazia, facilitando o trabalho de todos. Onipresente, é um líder e referência em momentos complicados, mas nunca se omite e foi fundamental para segurar os Cowboys com apenas 12 pontos.
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