5 lições: Em Dallas, a beleza está no caos

Pouco importa se o quarterback adversário era Daniel Jones ou Zach Wilson: o nível de dominância da defesa dos Cowboys é para assustar qualquer oponente

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

Uma bela trilogia do caos

Dan Quinn em seu terceiro ato como coordenador defensivo do Dallas Cowboys está como um diretor que faz uma trilogia cinematográfica maravilhosa. Em seu primeiro ato, em 2021, criou uma história interessante, mas ainda com pontos soltos. Na temporada seguinte, o ato II já foi recheado de componentes novos e mesmo os mais céticos passaram a respeitar. Em 2023, com seu astro Micah Parsons ainda mais maduro, em apenas duas semanas temos um teaser de algo que parece ser uma obra-prima.

Após dois jogos, a defesa tem 10 sacks, 5 interceptações e sofreu apenas 10 pontos. São 3.8 jardas por tentativa de passe, um número absurdamente baixo. Parsons é a estrela da companhia, mas como em qualquer grande película, o que não falta são coadjuvantes com atuações acima da média. O outro lado da bola? Faz um sólido trabalho, mas falemos mais pra frente: hoje quem merece os aplausos são os cavaleiros do caos de Quinn.

Um esboço interessante

É um erro achar que dá para se mudar algo que é feito por bastante tempo num piscar de olhos. No caso do Baltimore Ravens, foram alguns anos com o ataque sob a tutela de Greg Roman, rodando um ataque focado no jogo corrido, com pacotes pesados e formações fechadas. A chegada de Todd Monken traz uma nova cara para o grupo, mas é preciso paciência: é preciso ser gradativo e paciente nas mudanças. Contra o Cincinnati Bengals, já vimos um pouco da identidade nova.

Um Lamar Jackson mais confortável como lançador, mas sem perder o seu elemento terrestre. Vários alvos aparecendo, com Zay Flowers impactando de cara. Isso tudo sem dois titulares na linha ofensiva. O esboço é interessante e deixa um gostinho interessante pro futuro.

A defesa dos Chargers é uma vergonha

Em dois jogos, a defesa do Los Angeles Chargers tomou 64 pontos. Sim, a unidade que tem Joey Bosa, Khalil Mack, Derwin James e que tem um head coach que foi contratado após fazer um belo trabalho como coordenador defensivo do Los Angeles Rams. Foram mais de 340 jardas, sendo 141 pelo chão, do mediano ataque do Tennessee Titans. Mais um jogo em que a defesa é pífia, tornando qualquer esforço ofensivo inútil. E assim o tempo vai passando nos Chargers: o 0-2 já bateu na porta e ele é o predecessor do fracasso…quem sabe assim Brandon Staley receba o merecido bilhete azul.

Quem é grande responde rápido

Josh Allen foi – justamente – criticado após a derrota para o New York Jets, em especial pelos turnovers inconsequentes, em lançamentos que ele não deveria fazer. A resposta veio nesse domingo, com uma atuação segura e eficiente contra o Las Vegas Raiders: é isso que se espera de um quarterback da primeira prateleira e não um exibicionismo que por vezes prejudica seu time. Allen soube lidar com que a defesa adversária lhe deu e tirou proveito de cada falha para construir um resultado sem sustos. A grandeza não está em ser plástico e sim eficaz, como Allen foi nessa semana 2.

Tem muita areia movediça em Denver

Parecia que a coisa ia engrenar em Denver: Russell Wilson lançou duas bombas e o time chegou a abrir 21 a 3 contra o Washington Commanders. Contudo, o terreno ainda tem muita areia movediça no Colorado. A linha ofensiva foi dominada, Wilson voltou a cometer turnovers e a defesa fez o torcedor lembrar por que não queria Vance Joseph por nada. Uma Hail Mary bem-sucedido deu esperança no fim, mas a vitória acabou ficando com Washington, que mereceu pelo que fez na partida. Sean Payton que se prepare: tem muito trabalho para ser feito por Denver e ele não será nada fácil.

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