5 lições: Ninguém vence o acaso

Lesões de 4 quarterbacks é uma montanha muito alta para se escalar e nem a defesa de San Francisco é capaz de manter o time competitivo nessas condições

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

O inesperado é imbatível

Longe de mim querer tirar qualquer mérito do Philadelphia Eagles por chegar ao Super Bowl: o time com melhor campanha da liga chega ao Super Bowl com justiça. Contudo, não dá para não dizer que rolou um anticlímax com a lesão de Brock Purdy e na sequência de Josh Johnson. San Francisco já entrou na final de conferência com seu terceiro quarterback e mesmo assim era um equipe muito competitiva. Todavia, quando você precisa do quarto da posição no jogo, ele lesiona e você é obrigado a colocar o terceiro apenas para entregar a bola para os running backs, não dá para competir.

Prova mais uma vez que o inesperado é fator e sempre vai aparecer no esporte. Infelizmente para o torcedor dos 49ers, nos últimos anos tem aparecido contra, em especial com as lesões.

Howie Roseman é o nome do ano

Apesar de ter sua vida facilitada pela lesão de Purdy, os Eagles não deram sopa para o azar: foram minando a resistência defensiva e não deram sopa pro azar. Mérito de um elenco muito bem montado por Howie Roseman, metodicamente feito para vencer. Falta mais um wide receiver? Tragam A.J. Brown. Precisa parar o jogo corrido? Jordan Davis no Draft. O pass rush ainda não é consistente? Haason Reddick na free agency. Fora esses, mais peças importantes chegaram e deram profundidade para esse tine. Roseman é o homem da temporada.

O coração de Mahomes é gigante

No esporte, o verdadeiro líder é aquele cara que supera a adversidade e dá exemplo na dificuldade. Patrick Mahomes não está bem do tornozelo e isso fica evidente. Contudo, mesmo jogando com os recebedores reservas – os principais se machucaram durante o jogo contra o Cincinnati Bengals – não vimos nenhuma cara feia, desânimo, reclamação com colegas, expressão corporal de derrota. No fim, ainda correu para o first down – que com a falta sofrida – resultando no field goal do Kansas City Chiefs. Líder.

Cincinnati está pronto para vencer um Super Bowl

Claro que a derrota para o Kansas City Chiefs dói no torcedor do Cincinnati Bengals, ainda mais num jogo com uma arbitragem tão questionável. Mas quando a emoção do jogo passar e fã conseguir olhar para frente, verá que o futuro é brilhante. Joe Burrow é um monstro, o time com um todo é melhor do que aquele que foi ao Super Bowl LVI, Zac Taylor evoluiu como treinador e a franquia é a terceira com mais espaço na folha salarial para 2023. Não vou me espantar em nada se ano que vem Cincinnati estiver no jogo mais importante do ano.

Os erros da arbitragem comprometem demais

Não existe tema que eu deteste escrever mais que erros de arbitragem. Sou adepto que acontecem para ambos os lados e que são humanos, suscetíveis as falhas. Contudo, as finais de conferência ficaram manchados por uma sucessão de erros muito grande para serem ignorados. Na vitória dos Eagles, logo no começo um passe incompleto numa quarta descida foi validado a favor do time da casa. Tudo bem, com a saída de Purdy, o impacto foi menor, mas já começa mal.

Já na final da AFC, um show de horrores. Faltas mal marcadas, os Chiefs tendo direito a duas terceiras descidas por conta de um erro com relógio e alguns holdings não vistos que impressionam. Cincinnati vai reclamar e com razão, a arbitragem foi caseira ao extremo.

Repito: nada tira o mérito de Philadelphia e Kansas City, vão ao Super Bowl de forma merecida, tanto que foram seed 1 de suas conferências. Todavia, não dá para ignorar os problemas de ontem. 

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