5 lições: Nos Patriots, o buraco é mais fundo que se pensava

Até 2022 parecia apenas uma ressaca pós-Tom Brady, trazendo New England para o mundo dos comuns. Contudo, 2023 vem sendo cruel, mostrando uma faceta de incompetência antes desconhecida

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

Nada é bom nos Patriots

Mais uma sova: 34 a 0 para diante do New Orleans Saints, que tinha um ataque anêmico, em pleno Gillette Stadium. Isso uma semana após tomar 38 a 3 do Dallas Cowboys. Se alguém acha que é apenas algo pontual no New England Patriots, aconselho rever o jogo de ontem. É impossível achar que esse time é interessante e pode ir pra algum lugar. A defesa, combalida com as lesões, parece ter capitulado e dito: “ok, não vou gastar minha energia e saúde num barco sem rumo.”

Já a suposta unidade ofensiva – com uma construção de elenco tenebrosa – traz apenas um sentimento: pena. Mac Jones é um quarterback que tem medo até de uma brisa, os recebedores são incapazes de criar qualquer separação. O antes aclamado “jogo corrido forte” é um arremedo de corridas sem sal, atrás de uma linha ofensiva morosa, tão burocrata quanto uma repartição pública da antiga da União Soviética.

Por fim, vem o criador dessa “obra-prima”: Bill Belichick não merece fazer isso com ele mesmo. Sua história é muito grande para ele pisotear e dar uma última impressão tão ruim como essa. É hora de virar a página.

Em jogo de Libertadores, não se dá chances

Nosso querido Antony Curti, fundador e editor-chefe desse site por tantos anos, costuma dizer que todo jogo entre dois times da AFC North é equivalente a um jogo de Libertadores. Mas não é essa Libertadores moderna, com final em jogo único. É aquela das décadas passadas, com batalhas em algum Defensores del Chaco ou La Bombonera. Nesse tipo de peleja, você não pode dar chance para o oponente, precisa matar quando tem chance: isso o Baltimore Ravens não fez contra o Pittsburgh Steelers e pagou caro.

Com 10 a 0 de vantagem no último quarto, os comandados de John Harbaugh tiveram inúmeras oportunidades de avançar, mas drops corroeram campanhas. E aí vem interceptação na end zone, punt block e fumble de Lamar Jackson na última campanha, com um touchdown longo dos Steelers no meio disso tudo ai. Já diria maestro Júnior, é preciso girar a faca – ainda mais contra um time como Pittsburgh – e Baltimore pagou caro por não conseguir isso.

O poder muda de mãos e isso é ótimo

Quem viu como o Buffalo Bills dominou o Miami Dolphins na semana 4, imaginava que a equipe fosse com tudo para cima do Jacksonville Jaguars, mostrando os motivos que o faziam a equipe mais quente da AFC. Não foi isso que se viu no jogo de Londres. E digo mais, muito por conta dos méritos dos Jaguars, que limitou explosões de ofensivas de Josh Allen e cia. Do outro lado, Trevor Lawrence ainda precisa encontrar mais consistência, evitar turnovers bobos, mas Travis Etienne fez o suficiente no último quarto para garantir o triunfo. Na NFL é assim, basta uma semana pra tudo mudar e convenhamos que isso é maravilhoso.

Na dificuldade que se vê uma estrela

Quando seu time está numa pior, ele precisa que suas estrelas apareçam, mostrem os motivos que as fazem especiais. Ja’Marr Chase até agora vinha reclamando bastante das performances do time. Para evitar o dramático 1-4, ele resolveu o jogo contra o Arizona Cardinals. 15 recepções, quase duzentas jardas recebidas e três touchdowns. Não, a situação ainda não é confortável em Cincinnati. Mas graças em grande parte ao jogo de Chase, o time agora tem duas vitórias e respira na briga por uma classificação. Craque é assim, aparece quando se precisa e o camisa 1 é desses.

Falador passa mal

Sean Payton deu uma entrevista completamente desnecessária antes da temporada, detonando o trabalho de Nathaniel Hackett, ex-head coach do Denver Broncos e atual coordenador ofensivo do New York Jets. Tinha sido ruim? Muito. Mas o trabalho de Payton era consertar e não falar. Os Jets tomaram isso como ofensa e criaram uma motivação extra para o confronto da semana 5. Resultado: vitória da equipe de New York, com Zach Wilson como quarterback. Já diziam os Originais do Samba: falador passa mal.

Para saber mais:
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5 melhores jogadores de defesa da temporada – até a Semana 4
Os 5 melhores jogadores de ataque não-QBs da temporada até a semana 4

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