5 lições: No Tinder da NFL, 49ers e McCaffrey são o match perfeito

Casamento entre o jogador e franquia é daqueles perfeitos, onde parecem ter nascidos um para outro, mesmo não tendo se encontrado tão cedo

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

Uma relação irretocável

Confesso que fiquei receoso quando o San Francisco 49ers trocou por Christian McCaffrey na temporada passada. Running back, já no segundo contrato e com um certo histórico de lesão: geralmente dá problema. Contudo, estava errado. O casamento entre o jogador e o time da California é perfeito: é como se o camisa 23 tivesse nascido para jogar no sistema de Kyle Shanahan, que potencializa tudo que já tínhamos visto de bom nos seus tempos de Carolina Panthers. Mais um exemplo foi visto na vitória diante do Arizona Cardinals: 177 jardas de scrimmage, com 4(!) touchdowns.

Em 10 dos seus 15 jogos de temporada regular como jogador dos 49ers, CMC teve pelo menos 100 jardas correndo ou recebendo. São 14 touchdowns anotados, uma média de quase um por jogo. Amor perfeito, convenhamos.

A solução não é a solução

Quando Marcus Mariota implodiu de vez em 2022, o Atlanta Falcons apostou no então calouro Desmond Ridder, selecionado na terceira rodada do Draft daquele ano. Algumas performances medianas fizeram com que a franquia acreditasse que ele poderia ser a resposta na posição de quarterback. Contudo, jogos como o diante do Jacksonville Jaguars tem mostrado que não: foram duas interceptações e uma performance bem pobre de Ridder, algo que aconteceu nas semanas anteriores também. Arthur Smith poderia ligar para Minnesota e ver quanto querem por Kirk Cousins: com Ridder, as chances de repetir o 2022 aumentam muito.

Vencer na tempestade merece crédito

Antes da temporada, muito se falou sobre como a AFC North era a divisão mais dura e equilibrada. Passadas 4 semanas, ela tem um líder isolado: o Baltimore Ravens. E é preciso dar crédito para essa liderança. Foi conquistada diante de um Cleveland Browns sem Deshaun Watson? Sim. Mas quando olhamos para lista de contundidos dos Ravens ela é extensa e poderia fazer qualquer time patinar. Lamar Jackson tem sido esplendoroso? Não, mas muito eficiente. A verdade é que na situação dos Ravens, com tantos nomes fora, muitos times chafurdariam, enquanto eles seguem vencendo.

É preciso procurar um alergista

É incrível como o Los Angeles Chargers simplesmente não consegue vencer um jogo sem drama. Ganhando do Las Vegas Raiders por 24 a 7, contra o calouro Aidan O’Connell e com Khalil Mack tendo um jogo de 6 sacks, ninguém em sã consciência iria imaginar que o time dependeria de uma interceptação na linha de duas jardas para vencer. Os Chargers simplesmente não sabem fechar jogos e eles vão esmorecendo conforme o tempo vai passando, aceitando que a desgraça pode acontecer. O problema é que isso parece normal, algo que já não assusta mais. Dramático. deve existir alguma alergia a calmaria e os Chargers tem essa enfermidade.

Não é preciso malabarismos

Uma das críticas que mais ouvi sobre C.J. Stroud durante seu processo de Draft é de como ele era pouco atlético e isso afetaria seu jogo negativamente na NFL. É evidente que hoje em dia o jogo mudou e se exige mais mobilidade que no passado de um quarterback. Entretanto, existem alguns exageros e confusões. Stroud é móvel, em especial dentro do pocket. Ele não irá se tornar uma ameaça com as pernas constante, mas sabe “comprar tempo”.

Outro ponto é que ele é daqueles jogadores cuja inteligência se destaca. Na vitória sobre o Pittsburgh Steelers, ele controlou o jogo, soube tomar decisões rápidas e teve mais de 300 jardas. Nem todo mundo precisa jogar como Patrick Mahomes para ser eficiente.

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