Um dos momentos mais intrigantes da infância e adolescência é a comparação que seus familiares fazem entre você e seus primos. Tem coisa mais bacana do que ouvir sobre os incríveis feitos do seu primo, comparando-o a um novo gênio mundial, enquanto você está lá, tirando um belo 6 na prova de matemática? Ser o patinho feio da história, não é fácil.
Agora se imagine como um atleta universitário, localizado nos Estados Unidos. Seu grande dom esportivo é no futebol americano, enquanto seus dois primos (não tão bons quanto você), partem para o basquete e para o beisebol. Ao partir para a NFL, seu salário é mais alto que o deles, pois é melhor que ambos em seus relativos esportes, mas não totalmente garantido – se a performance não continuar em alto nível, os belos grandes números de nada valem. Eles, pelo contrário, ganham um pouco a menos que você, na média, na NBA e na MLB, porém, tem salários 100% garantidos a partir do momento que assinam o contrato.
Hoje, a NFL se assemelha ao jovem que não consegue ser tão bom quanto seus primos. Por que a liga mais rica do mundo não consegue oferecer o mesmo que seus pares? Os jogadores estão tão errados assim em pedir por uma benfeitoria a mais? Vamos tentar entender, pelo ponto de vista das franquias, o motivo pelo qual esse tópico gera tanta polêmica.
Entre o risco e a lógica
A NFL não é apenas a liga mais rica do mundo. É, também, dona de um dos esportes mais arriscados do planeta. E isso não é nenhuma crítica: faz parte da natureza do futebol americano e também é algo que o fez chegar a cumes tão altos. Sendo assim, é esperado que os atletas persigam contratos com a maior garantia possível; afinal, uma pancada no joelho e sua carreira pode ir para o buraco. Além disso, é um esporte que, mesmo com os avanços da medicina, não propicia carreiras tão longevas pela demanda física. Quando um jogador[foot]Os quarterbacks são exceções aqui, claro.[/foot] vira a casa dos 30, raramente manterá o alto desempenho.





