O mais superestimado e o mais subestimado quarterback da NFL. Assim, em meados de outubro, defini o quarterback do Dallas Cowboys, Dak Prescott. Ainda não sabíamos, mas a lesão sofrida no início da temporada (mais uma) seria o menor dos problemas para o resto do ano.
Não é absurdo dizer que Dak Prescott regrediu em 2022. Ele teve seus bons momentos sim, como a partida de semana passada contra Tampa. Mas em seis jogos teve pelo menos duas interceptações. Independente de quantas foram culpa dele ou não, foram 15 no ano e ele sequer jogou todas as partidas da temporada. Ninguém teve mais.
Na semifinal da NFC, um quarterback com 7 anos de experiência que jogou pior do que um quarterback com 7 jogos de experiência. As duas interceptações foram atrozes. Erros de leitura depois do snap e absurdos. Na primeira não havia janela e na segunda, diante do cover 2, menos ainda. Isso sem contar alvos perdidos, como T.Y. Hilton, que ele deixou em campo. Ou então a falta de agressividade contra a talvez única vulnerabilidade da defesa dos 49ers, o passe em profundidade – que Geno Smith mostrou ainda mais ao mundo na semana passada e que até Jarrett Stidham explorou mês passado.
Nem ao céu, nem ao inferno
Dak não é o pior quarterback da história depois da partida bizarra de domingo, mas ele acaba sofrendo um rebaixamento – nem que seja nas expectativas. De um quarterback sólido e que pensávamos que podíamos confiar mais – devido aos bons momentos – ele passou para a clássica prateleira dos Quarterback batata-frita: excelentes acompanhamentos, mas não sustentam o prato sozinho.
Ele é melhor, para mim, do que Ryan Tannehill, Jimmy Garoppolo, Daniel Jones, Kirk Cousins. Mas está, neste momento, na mesma prateleira desses outros. QBs que por si não têm talento suficiente pra trazer um título, especialmente contra defesas de elite ou contra quarterbacks de elite do outro lado.
Até que Prescott faça algo de útil em dois jogos seguidos de pós-temporada – leia-se: leve os Cowboys de volta a uma final de Conferência, coisa que não sabem desde 1995 – não dá mais para defender. Especialmente, pelo sumiço em jogos-chave de playoff, onde tem apenas duas vitórias e soma 4 derrotas.






