A estrutura do contrato de Daniel Jones, o qual basicamente é um contrato de dois anos, demonstra que os Giants – na figura do general manager Joe Schoen e do técnico Brian Daboll – sabem que Roma não foi construída em um dia. Ao ler isso e a manchete do texto, o leitor pode se perguntar por que estaríamos fazendo dois pesos e duas medidas com Nova York e New England. Quando aos Patriots, chamamos num dado momento de “marasmo” a situação. Para os Giants, falamos em longo prazo.
Frise-se, não achei a renovação de Daniel Jones a coisa mais linda da história do mundo – ao passo que concordo com a franchise tag em Saquon Barkley, dado que em planejamento é o certo para se fazer. Mas contexto é bastante importante. No caso dos Patriots, o time – considerando a cada vez mais possível chegada de Aaron Rodgers nos Jets – apresenta-se como quarta força da divisão e precisava de ajuda mais do que necessária para Mac Jones. Que, por mais que o torcedor dos Patriots possa torcer o nariz para o que vou falar aqui (e eu mesmo não pensava que escreveria isso um dia), jogou pior do que Daniel Jones em 22.
No caso dos Giants, dá para ir comendo pelas beiradas e montando o quebra-cabeça com uma urgência consideravelmente menor. Os Commanders, cujo quarterback da Semana 1 de 23 sequer sabemos ao certo quem será, são o time mais fraco da divisão – time contra o qual Daniel Jones tem um histórico maravilhoso, diga-se. Os Cowboys apresentam-se numa tempestade em alto-mar, com Dak Prescott e Mike McCarthy entrando a próxima temporada mais pressionados do que nunca. Os Eagles perderam peças defensivas, embora ainda postem-se como favoritos. Na AFC East, como você sabe, são outros 500.
