ELI MANNING MERECE SER INDICADO AO HALL DA FAMA? DISCUTIMOS

Aposentadoria do lendário quarterback dos Giants divide opiniões sobre mérito de uma possível indicação à Canton; equipe de redatores do Pro Football se reuniu para discutir

Com o mais novo dos irmãos Manning anunciando a aposentadoria na última quarta-feira, a discussão sobre uma possível indicação do quarterback ao Hall da Fama do futebol americano voltou com mais força do que nunca. Assim, a equipe de redatores do Pro Football se reuniu para opinar se Eli merece ou não ser indicado ao Hall da Fama a partir de 2025, quando começa seu período de elegibilidade.

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“Não merece. Meu critério para o Hall da Fama passa pelo jogador ser dominante em sua posição na grande maioria da carreira. Eli foi um bom quarterback com grandes jogos em momentos importantes, mas não dominou seus adversários como de maneira rotineira na maior parte da carreira”

– Deivis Chiodini

“Eli pode não ter sido o maior de todos – ele nunca foi Tom Brady, Drew Brees ou o seu irmão mais velho Peyton Manning -, mas foi um dos grandes da sua geração. Ele não redefiniu o esporte ou mesmo a sua posição como outros o fizeram, mas fez mais do que o suficiente para ser lembrado como o dono de uma carreira excepcional. O lugar de Eli Manning é no Hall da Fama.”

– Gabriel Moralez

“Quando pensamos no Hall da Fama da NFL, sempre lembraremos, primeiro, dos melhores nomes da liga, porém, sempre adoraremos ver as grandes histórias contadas por grandes jogadores. Os números de Eli nunca foram esplêndidos, mas sempre acima da média na posição de quarterback. Some isso as suas duas fantásticas vitórias sobre a dinastia do New England Patriots e temos em mãos o ingresso para sua entrada no Hall da Fama. Não no primeiro ano de elegibilidade, talvez nem no início; mas, um dia, Eli estará com seu busto em Canton”

– Roberto Guraib

“O significado do número limitado de indicados ao Hall da Fama por ano é justamente evitar a banalização da indicação. Por isso, o Hall é composto majoritariamente por jogadores de elite ou jogadores que, ao menos, foram dominantes em grandes partes de sua carreira, e nenhuma dessas definições se encaixa à Eli Manning. Vencer Tom Brady no Super Bowl duas vezes é uma narrativa excelente, mas nenhuma dessas vezes acontecem se Tony Romo lança um passe melhor para Patrick Crayton em 2007 ou Miles Austin não tem um drop crucial em 2011. Como achar merecedor ao maior representante da história do esporte um jogador cujo legado seria inteiramente diferente não fossem duas jogadas perdidas na história da liga? Não houve dominância ou performance que justifique a indicação e, se estamos falando de merecimento puramente por história ou revolução na liga, jogadores como Colin Kaepernick e Tim Tebow, na teoria, também mereciam ser lembrados. Eli provavelmente será indicado por conta da narrativa, mas o merecimento para tal não existe.”

– Henrique Bulio

“Na prática, o Hall da Fama é um museu da história do futebol americano profissional. Como Drew Brees disse nesta semana, você não consegue escrever a história da NFL sem falar o nome de Eli. Por si, isso já ajudaria o caso. Ainda, temos a questão do precedente. Se Troy Aikman e Joe Namath estão no Hall da Fama, Eli tem que estar também. Ser elite e/ou revolucionar a posição é um critério para entrar – Dan Marino – mas ganhar dois anéis em cima da maior dinastia da história da NFL também é”.

– Antony Curti

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