O Green Bay Packers está com a faca e o queijo nas mãos para se classificar aos playoffs. Tudo o que o time precisa é vencer o Chicago Bears no jogo do domingo à tarde e, assim, garantirão a sétima e última vaga nos playoffs da NFC, o que já representa uma evolução e tanto pensando no meio da temporada.
O cenário é idêntico ao de 2022, quando o time de Matt LaFleur emplacou boa sequência na segunda metade do ano e tudo o que precisava era vencer um rival divisional em casa para chegar no mata-mata. Claro, a decepção foi gigantesca; baseado nos cenários enfrentados desde aquele dia, uma vitória sobre os Bears e a classificação aos playoffs já seriam suficientes para representar 2023 como um sucesso estrondoso.
Linha de sucessão
Quem viu o Green Bay Packers ser derrotado pelo Detroit Lions na Semana 18 da última temporada lembra da cena melancólica de Aaron Rodgers deixando o campo junto de Randall Cobb após a derrota, quase que num prenúncio da despedida que estava por vir. Aquela partida, que seria a última do lendário quarterback pela organização, foi tudo que (não) se imaginava: os Lions, já eliminados, estragaram todos os preparativos da festa e roubaram o bolo. Não haveria uma última tentativa de playoffs para Rodgers.
Avancemos para o dia de hoje, 02 de janeiro de 2014. O Green Bay Packers passou por mais um turbilhão de emoções desde aquela derrota, desde a troca de seu quarterback, uma temporada conturbada com oscilações de Jordan Love e a incerteza de que poderiam ser competitivos. Com tudo isso que está acontecendo, e sabendo que Love praticamente solidificou sua posição como o futuro da franquia, o nível de esperança é muito maior – ainda, claro, que as campanhas sejam iguais.
A exibição contra o Minnesota Vikings foi talvez o grande momento do ano. Love teve mais uma exibição segura e excelente, tomando boas decisões com a bola e sabendo explorar os matchups defensivos que se apresentaram. Contra uma defesa agressiva e conhecida por seu alto número de blitzes, o quarterback cuidou muito bem da bola e não cometeu turnovers, completando 72,7% de seus passes e anotando quatro touchdowns totais. Tudo isso com um grupo de recebedores abaixo do nível médio da liga e com uma defesa bastante desfalcada na secundária.
Em 2022, os Vikings também serivram de prelúdio – o time já estava classificado, enfrentou os Packers na Semana 17 e ofereceram pouca resistência. Esse ano o cenário é diferente, porque não existia pressão alguma sobre Green Bay: se Love realmente se provasse um grande jogador, ótimo; sem Rodgers, o que viesse era lucro. O fato do time estar na exata mesma situação do ano passado sem grandes cobranças e com a confiança lá no alto é uma prova do que Jordan Love já se tornou em Green Bay
Packers: que a história não se repita?
Bom, a questão do ano passado é que o time vinha de uma boa sequência de vitórias, enfrentaria um adversário já eliminado em casa e… enfim, aconteceu a famosa Coisa Chata com os Packers. O cuidado aqui é mais do que necessário, porque de nada adiantar construir uma boa base e chegar dependendo apenas de si na última semana se não souber aproveitar as chances.
O Green Bay Packers venceu os últimos nove confrontos contra o Chicago Bears, que já estão eliminados mas venceram quatro de suas últimas cinco partidas. Justin Fields está brigando por seu emprego e Matt Eberflus também quer terminar a temporada com um gosto de vitória, afinal a primeira escolha do Draft já está assegurada de toda forma.
Na Semana 1, a dominância de Love & Amigos, ainda que estivessem crus, ficou evidente. Não se pode vacilar no momento mais importante: é preciso finalizar o trabalho.
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