Numa noite em que tudo parecia perdido diante do Buffalo Bills, um sopro de esperança para o torcedor do New York Jets. Após ver Aaron Rodgers se lesionar e possivelmente perder a temporada – quando escrevo esse texto ainda não há confirmação – logo na primeira campanha, o time teve que lidar com Zach Wilson novamente como titular. Contudo, a defesa de elite, algo já mostrado em 2022, deu as caras, interceptou Josh Allen 3 vezes e na prorrogação o calouro Xavier Gipson deu a vitória com um retorno de punt: mais épico, impossível.
Do outro lado, muitas pulgas atrás da orelha dos torcedores dos Bills. Para começar, Josh Allen teve uma noite que lembrou seus piores momentos: 3 interceptações totalmente na sua conta, não conseguindo lidar com a secundária dos Jets. A linha ofensiva também teve seus problemas, provando mais uma vez ser um calcanhar de Aquiles na busca por um Super Bowl. Para quem já tinha dúvidas em relação aos Bills para 2023, a abertura da temporada reforçou o sentimento.
O fio de esperança não pode esconder a realidade
Eu entendo o torcedor dos Jets ter ido dormir acreditando que dá para sonhar com uma volta para os playoffs, mesmo com a lesão de Rodgers. Com um final extasiante de partida, num jogo em que a equipe mostrou superação para vencer um rival de divisão após todos os percalços, o coração se enche. Contudo, após os ânimos se acalmarem, é hora de ser consciente e entender que esse o filme é basicamente o mesmo de 2022.
Zach Wilson segue sendo um quarterback terrível e até que apareça uma nova alternativa, ele é o titular para daqui em diante. Na vitória ante os Bills ele mostrou que é zero confiável: uma interceptação estúpida – sua marca registrada -, bem como diversas oportunidades perdidas e leituras ruins. O roteiro é o mesmo do último ano: defesa forte, ataque com boas peças, mas um quarterback fraco e que limita o elenco. Vale lembrar em que em 2022 o time também venceu um jogo contra os Bills, mas acabou vendo a pós-temporada do sofá.
