John Elway, o herói tardio

Quarterback do Denver Broncos teve carreira brilhante, mas até quase o fim de jornada, convivia com insucessos na hora de vencer um título. Já no crepúsculo de seus tempos em campo, ele conseguiu mudar essa história e deixar a NFL como um dos maiores

Imagine ser considerado uma dos melhores prospectos da posição de quarterback da história, ter tido uma grande carreira na liga, com direito a vencer o prêmio de MVP numa época em que os running backs eram as estrelas. Contudo, imaginem o peso de ter tudo isso sobre aos ombros e aos 37 ter perdido os 3 Super Bowls que disputou. Esse era John Elway, quarterback do Denver Broncos chegando ao Super Bowl XXXII, decisão da temporada de 1997.

Se fosse hoje em dia, Elway seria taxado de “pipoqueiro” nas redes sociais, sendo taxado como um nome que não merecia ser aclamado. Para piorar, o adversário era o Green Bay Packers, que buscava o bicampeonato sob o comando de Brett Favre. O prognóstico era dos piores para Denver, que além de ter o histórico de 3 insucessos com Elway atrás do center, via as casas de apostas darem um favoritismo de 11 pontos para os Packers: convenhamos que não era de se animar.

Os números enganam

Quem olha para as estatísticas, pode pensar que Elway teve um jogo medíocre: foram 12 passes completos de 22, para 123 jardas. O MVP do jogo foi Terrell Davis, que fez uma partida espetacular, correndo 157 em 30 tentativas – média superior a 5 jardas – anotando 3 touchdowns. Todavia, o que se viu em campo é algo que não se mede em números. Era visível que se campo estava o mais visceral Elway, um quarterback já conhecido por nunca fugir do contato e até gostar da pancada.

Um momento icônico de Elway é o famoso “Helicóptero”, considerado uma das 10 maiores jogadas da história dos Super Bowls. Com a partida empatada no terceiro quarto, os Broncos estão uma terceira para 6 e o camisa 7 é pressionado, correndo e se jogando para cima de 2 defensores dos Packers para o first down. Elway gira no ar com a pancada – dai a referência ao helicóptero – e duas jogadas depois os Broncos tomariam a liderança definitiva, para vencer o título.

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E ele fez de novo

Apesar de tudo dito acima, faltava a Elway ser decisivo num Super Bowl, sob a pena de ouvir comentários maldosos que “só venceu carregado”. Como John nunca foi de desistir, lá estava ele no ano seguinte, pronto para liderar o Denver Broncos no Super Bowl XXXIII, agora contra o Atlanta Falcons. Entretanto, o cenário agora era completamente diferente do visto antes da decisão anterior: os Broncos eram favoritos por 7,5 pontos e a confiança no Colorado era altíssima.

E dessa vez, ninguém brilhou mais que o quarterback dos Broncos: foram 336 jardas passadas, com um touchdown lançado e outro corrido. Ao fim da partida, Elway foi eleito o MVP do jogo, finalizando o ciclo, conseguindo chegar a glória máxima e rechaçando qualquer dúvida sobre o seu jogo. Seria também o seu último jogo na NFL, já que John estava com 38 anos já na época.

Diversos quarterbacks usaram a camisa 7 por serem seus fãs: Ben Roethlisberger é um dos mais famosos. Elway ainda venceria o Super Bowl 50 como general manager dos Broncos, fazendo com que seu nome seja ainda mais laureado. No entanto, seu maior legado foi ter provado desistir nunca é uma opção para quem realmente quer ser um vencedor.

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