Sean McVay tem cinco temporadas completas como treinador na NFL e já tem um legado que vai ecoar por décadas. Aos 36, McVay é mais jovem do que vários dos leitores desse texto – ele se tornou o mais jovem head coach na história da liga quando assumiu o Los Angeles Rams em 2017 e liderou o time a campanhas positivas em todos os anos desde então.
Agora campeão do Super Bowl e com uma porcentagem de vitórias muito acima da média, McVay poderia se aposentar amanhã e suas digitais estariam impressas na liga por muito tempo – especialmente com os boatos de que ele poderia estar rumando para uma carreira como comentarista para passar mais tempo com a família. Ele já atingiu o objetivo máximo.
Da água pro vinho
Se você não acompanha a NFL há muito tempo, pode parecer um pouco difícil de acreditar, mas os Rams do início da década passada eram um time insosso, principalmente no lado ofensivo da bola. Antes da chegada de McVay, inclusive, a última campanha positiva da equipe foi em 2003 – e em 2016, com um calouro Jared Goff, o time teve o pior ataque da NFL.
McVay liderou uma mudança repentina e impressionante: do pior ataque da liga para o melhor. Seu sistema ofensivo era simples e teve os mesmos princípios por praticamente toda a era Goff: uso de play-action, atacando o meio do campo, uso excessivo de 11 personnel (3 WRs, 1 TE e 1 RB) e muitos snaps under center.
Funcionou por bastante tempo. Os Rams chegaram nos playoffs em três das quatro temporadas da dupla Goff-McVay, atingiram o Super Bowl LIII, e apesar de falharem na conquista do anel, ficou claro que a idade de McVay não era um problema. Ele se conectava bem com seus jogadores, que adoram e valorizam jogar por ele; ele tinha um sistema ofensivo efetivo e bem desenhado.
Mas faltava dar o último passo.
