Vencedor do Heisman[foot]Prêmio dado ao jogador mais espetacular da temporada do College[/foot] em 2021, 80 touchdowns na carreira universitária, um tape que mostra toda qualidade como quarterback, jogando em Alabama como Nick Saban: Bryce Young tinha tudo para chegar no Combine tranquilo quanto a ser uma escolha alta no Draft de 2023. Contudo, nada no processo de recrutamento é simples assim: qualquer ponto é levado em conta para minimizar a chance de erro, em especial quando se trata da posição mais importante do jogo. No caso de Young, as dúvidas vêm de seu corpo.
Por mais que o quarterback esteja listado no site da universidade o liste com 1,83 m e 88 kg, a sensação de todos é que esses números são exagerados – algo comum em se tratando de prospectos. A expectativa é que ele meça em torno de 1,79 m segundo Todd McShay, da ESPN americana. Já o peso pode ser um empecilho maior: qualquer peso abaixo dos 96 kg é considerado fora do padrão e pode fazer com que GMs mais conservadores o tirem de suas listas.
A preocupação é justa
Quarterbacks custam caro e achar o jogador certo para posição pode transformar o general manager em herói, garantindo sua carreira. Todavia, erros na seleção, em especial gastando escolhas altas de Draft, podem acabar com a trajetória profissional de um dirigente. Por isso, a preocupação em checar todos os pontos em torno de Young, considerando os fatores físicos como ponto de alerta: basta checar o histórico e é fácil entender a preocupação.
De 1999 para cá, apenas Kyler Murray foi selecionado medindo menos de 1,80 m e ainda hoje persistem dúvidas sobre até onde o quarterback do Arizona Cardinals pode chegar. Já no peso, nenhum nome desde Michael Vick sequer foi selecionado desde 2000 pesando menos de 91 kg. O grande “X” é a durabilidade: terá Young corpo para sobreviver as constantes pancadas ao nível profissional? A velocidade e intensidade da NFL são muito superiores as do college football e geram as dúvidas.
