Menos falação, mais bola: é isso que Wilson tem que fazer

Passadas 5 semanas, tudo que o quarterback de Denver fez foi dar boas entrevistas. Em campo, vem tendo uma temporada horrível e implodindo ano dos Broncos

Russell Wilson é um dos queridinhos da mídia: sempre dá boas entrevistas, é educado, fala bem, contribui para a comunidade. Ótimo, é importante tudo isso e ser um bom exemplo é legal demais, deixando um bom exemplo para aqueles que o seguem. Contudo, nesse momento, isso é tudo que Wilson tem sido: um bom cidadão. Seu trabalho como quarterback do Denver Broncos tem sido feito de maneira pobre, em especial para quem tem um contrato tão grande como o dele.

De nada adianta chegar nas coletivas e mandar diversos “Let’s ride” para o torcedor e em 5 partidas ter desempenhos pífios. A derrota para o Indianapolis Colts – num dos piores jogos que o fã de NFL teve o desprazer de assistir – está toda na sua conta. Sim, Nathaniel Hackett é um head coach ruim nesse momento, mas a culpa desta derrota fica toda para o quarterback. Interceptações bizarras, passes imprecisos, decisões ruins – como na jogada final da partida – fazem o torcedor de Denver vaiar o time.

É hora de reagir

Que talento Wilson tem é inegável. Ninguém faz tanto na liga por anos sem isso. Idade também não é o problema, visto que 33 anos não é nada problemático para um quarterback. O que falta é só uma coisa: jogar bola. Denver pode ter outros problemas no elenco ofensivo, mas Wilson foi contratado a peso de ouro para ser a solução destes problemas, não para trazer um maior. Fora isso, ele é referência para os demais e quando o seu capitão está perdido, a tripulação também.

Acho cedo para dizer que Seattle venceu a troca: são apenas 5 semanas e por mais que o torcedor – dos 2 lados – anseie por dizer que o movimento foi bom ou ruim, é preciso esperar mais. Contudo, é impossível fechar os olhos para o que vem acontecendo em Denver. A questão é: terá Wilson forças para sair do buraco e liderar esse time? Na coletiva pós-jogo, ele disse que usará o mau momento como combustível.

Ainda dá tempo: em 2021, ao fim da semana 5, nove equipes tinham campanha com duas vitórias e três derrotas. Destas, cinco conseguiram dar a volta por cima e ir até a pós-temporada. Todavia, é bom Wilson ligar o senso de urgência: esse time não tem talento para lidar com suas inconsistências mostradas até agora. Não dá para esperar que a defesa ou jogo corrido o carregue até os playoffs, ele terá que fazer isso. Convenhamos, nada mais justo para alguém que ganha US$ 48 milhões por ano.

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