Missão completa: Super Time dos Rams, enfim, conquista Super Bowl

Los Angeles teve missão dificílima pra segurar o jovem time de Cincinnati, mas Cooper Kupp e Matthew Stafford, mais uma vez, decidiram no fim.

Matthew Stafford concluiu da forma mais brilhante possível o novo capítulo de sua carreira. Em um dos Super Bowls mais equilibrados dos últimos tempos, foi o Los Angeles Rams quem deu a cartada final em sua própria casa, afogando as mágoas da derrota na final de três anos atrás e tendo a confirmação de que as trocas e a montagem do superelenco, no fim, valeram a pena

Os vários personagens principais desse elenco finalmente poderão dizer que são campeões da NFL. Sean McVay, Matthew Stafford, Aaron Donald, Odell Beckham Jr., Jalen Ramsey, Cooper Kupp. Não é pequena a lista de nomes que são parte da elite da liga nas suas respectivas funções, tenham sido eles draftados pelos Rams ou não.

Depois de anos arriscando tudo na montagem de super times, o objetivo principal foi cumprido. O Vince Lombardi Trophy vai pra Los Angeles.

Stafford e Kupp: Na hora H, veio

Não foi o jogo mais brilhante nem de Cooper Kupp, nem de Matthew Stafford. Mas foram eles quem garantiram o título da equipe ao conectarem na end zone com menos de dois minutos restantes no último quarto numa campanha basicamente perfeita, um microcosmo da dupla quarterback-recebedor mais efetiva em toda a NFL ao longo de 2021.

Kupp teve importância redobrada na partida. Com a (triste) lesão de Odell Beckham Jr., cujos relatos iniciais apontam uma provável ruptura de ligamento no joelho esquerdo, era ele o remanescente: Robert Woods não disputou a segunda metade da temporada, Tyler Higbee não participou do Super Bowl, Odell saiu no segundo quarto.

Kupp finalizou a partida com 8 recepções em 10 targets, 92 jardas e 2 touchdowns. Somente nos jogos de mata-mata, foram 478 jardas e 6 touchdowns, mantendo a mesma consistência que lhe rendeu o prêmio de Jogador Ofensivo do Ano na última quinta-feira. Não há qualquer dúvida de que ele foi o melhor recebedor da NFL nessa temporada.

Stafford, por outro lado, finalmente teve a chance de provar seu valor. Depois de mais de uma década sabotado por vários times abaixo da média em Detroit, a chance de revitalizar sua carreira veio junto de um gênio ofensivo e numa equipe mais do que pronta pra competir. Ele não só competiu com os Rams – ele venceu. Detroit certamente está feliz por ele, mas é Los Angeles quem lhe deu as melhores condições e, agora, lhe deu também um título.

2018 é um passado distante. Três temporadas depois, o título veio.

Aaron Donald: não falta mais nada

No início da semana, escrevi no Pro Football sobre como Aaron Donald já tinha ganho tudo em sua carreira e que a única coisa que ainda lhe faltava era um título. Antes do jogo, boatos de Rodney Harrison, ex-safety e hoje analista da NBC, apontavam que Donald considerava pendurar as chuteiras se os Rams saíssem como campeões.

Se esse foi o último jogo da carreira do defensor, não existiria melhor forma pra encerrá-la. Uma atuação fantástica causando um pandemônio na linha ofensiva adversária, encerrando o jogo com 2 sacks e mais 2 tackles para perda de jardas.

Donald é a verdadeira definição de excelência. Do primeiro ao último dia de sua carreira, ele foi um jogador totalmente acima da média. Quem faz parte do seu cotidiano sempre elogiou sua dedicação à causa e ao seu trabalho, e o seu esforço foi recompensado com o maior dos prêmios nesse domingo. Se vimos o último jogo da carreira de Donald, pudemos apreciar mais uma vez seu brilhantismo e sua qualidade.

Não falta mais nada para ele conquistar – talvez a jaqueta dourada do Hall da Fama, porém ele certamente será indicado na primeiríssima oportunidade. Assim como Sean McVay, ele pode dormir tranquilo essa noite: os fantasmas de 2018 foram, enfim, exorcizados.

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