Nada é capaz de tirar o brilho da temporada do Detroit Lions

O foco e a narrativa precisam ser sobre a temporada inteira e a positividade que voltou a habitar os Lions. O resto pode ficar para mais tarde na semana.

Lions

O tubarão sentiu cheiro de sangue justamente quando estava com fome, matando o mocinho e encerrando sua temporada. O Detroit Lions teve excelentes chances ao longo da final da NFC e ficou muito, muito perto de conseguir uma nova vitória e a classificação para o Super Bowl, mas decisões ruins tomadas pelo treinador da franquia adiaram esse sonho.

É óbvio que a derrota vai doer – tanto pela forma que ocorreu quanto pela temporada maravilhosa que a franquia vivenciou. Mas nem mesmo as discussões sobre as decisões de Dan Campbell ou alguns erros no segundo tempo da final da conferência são capazes de apagar o brilho que se reacendeu após décadas no olhar do torcedor do Detroit Lions.

Perderam sendo Lions

Quem ouviu o podcast do ProFootball após as finais de conferência sabe que esse escritor não gostou nada das decisões que Dan Campbell tomou no segundo tempo – faltou um pouco de futebol americano mais inteligente na situação. Mesmo assim, é preciso reconhecer que boa parte dessa reconstrução pela qual Detroit passou vem dos mesmos princípios que Campbell utilizou para tomar as decisões no jogo de domingo.

A nova identidade desse time mexeu com todos aqueles fatores extracampo que a gente não vê: cultura, confiança e o toque social – imagina o morador de Detroit que viu seu time ganhar um jogo de playoff pela primeira vez desde 1991? – de mexer com o brio de toda uma cidade. É óbvio que vai doer porque a felicidade que foi gerada só pode ser replicada, no mínimo, em janeiro do ano que vem.

Falei na segunda-feira no Twitter: fiquei surpreso que, dentre as pessoas que mais defenderam as chamadas de Campbell, a grande maioria eram justamente torcedores dos Lions. Eles passaram por tudo isso e viram o time renascer com um treinador maluco que não tinha medo de arriscar e mostrar seu coração na sideline. Esse lado psicológico importa.

Enfim, a vida segue. Se todo ano ruim trouxe esperança na temporada seguinte, imagina após um ano bom? A expectativa será melhor ainda.

Onde – e o que – melhorar?

O passo essencial para o Detroit Lions cimentar a condição de favorito nos próximos anos passa por uma melhora defensiva. Aaron Glenn teve azar com lesões ao longo da temporada, porém é verdade que ele não conseguiu fazer muito com a secundária, explorada de setembro até janeiro. Se haviam buracos, ele pouco fez para resolvê-los.

Reforçar o pass rush e tirar toda a responsabilidade do excelente Aidan Hutchinson também é essencial: uma andorinha sozinha não faz verão. Mais profundidade e qualidade nesse grupo é extremamente importante para pensar em título.

Falar sobre o jogo em si será feito em outro momento. O foco e a narrativa precisam ser sobre a temporada inteira e a positividade que voltou a habitar Detroit. O resto pode ficar para mais tarde na semana.

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