O San Francisco 49ers esteve na final de conferência em três das últimas quatro temporadas e, se confirmar o favoritismo no confronto contra o Green Bay Packers, fará a quarta aparição em cinco anos. Apesar de ter montado bons times e de ter sucesso sob o comando de Kyle Shanahan, ainda falta vencer O Grande Jogo, onde só chegaram em 2019.
Esse ano, no entanto, as coisas soam bastante diferentes na Califórnia. Esse não é um time considerado um dos favoritos: esse é O Favorito. Desde setembro, a expectativa sobre os 49ers é de título e qualquer coisa menos que o sexto anel será uma decepção. Mas é justificada: essa é a equipe mais pronta para vencer o título desde que Kyle Shanahan assumiu.
49ers e a mentalidade de campeão
Se olharmos para as outras três equipes (2019, 2021, 2022) que estiveram com Shanahan na final de conferência, nunca um nível de comando e excelência foi sustentado desde o início até o fim do ano. 2019, por exemplo, começou arrasador, só que o time não tinha o peso da expectativa de campeão desde a Semana 1; em 2021, a virada veio na segunda metade da temporada e com muitos questionamentos no caminho. E em 2022, claro, a incógnita e as lesões na posição de quarterback.
As vezes a gente age como se jogadores de futebol americano tivessem trajetórias lineares e esquecemos do aspecto humano da coisa. Imagine o cenário: depois de superar toda adversidade possível, seu time foi eliminado um jogo antes do Super Bowl sem ter um quarterback apto para jogar. É natural que a mentalidade seja de vingança, de provar um ponto, de consertar a história. Muito se falou durante a intertemporada sobre essa postura dos 49ers… e a verdade é que ela se provou correta.
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Como alguém vai falar que San Francisco não enfrentou adversidade em 2023? Ora, o time obteve uma sequência de derrotas no meio da temporada que causou dúvidas sobre seu quarterback. Uma estrela foi perdida por lesão em Talanoa Hufanga. Esse time só foi assumir o topo da conferência depois que destruiu o Philadelphia Eagles, então considerado o maior rival. E em nenhum momento o San Francisco 49ers perdeu a aura, a confiança e a expectativa de brigar por título.
É claro que existem outras mudanças, mas esse precisa ser o ponto principal. O time está mentalmente preparado para os desafios que vão levar ao caminho pretendido. Qualquer coisa abaixo disso seria decepção? Pois bem, a equipe correspondeu muito bem na temporada regular. Não dá pra confiar em Purdy? Pois bem, ele teve uma senhora temporada. Perdeu DeMeco Ryans? Não importa, Steve Wilks ainda vai manter essa unidade muito boa.
Em campo, a produção continua
É como falamos em outros momentos: a expectativa existia baseada na coleção de talento. O ataque parece que subiu ainda mais de nível, com Christian McCaffrey se tornando o principal protagonista, Brandon Aiyuk se estabelecendo como o recebedor número um e Deebo Samuel como uma arma vital nos desenhos de Shanahan.
As estrelas defensivas também estão no auge, todavia a produção não se resume apenas a Nick Bosa e Fred Warner: Javon Hargrave e Arik Armstead são vitais no pass rush, Charvarius Ward se transformou num senhor cornerback e Dre Greenlaw é muito, muito importante no esquema de Steve Wilks.
Só que tudo isso você já sabe. Esse time tem casca para brigar lá em cima e soube lidar muito bem com essa responsabilidade ao longo da temporada regular. Veremos se a história dos playoffs será diferente dos últimos anos e os 49ers finalmente serão campeões de novo.
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