Ranqueando os melhores e os piores quarterbacks reservas de 2017

Poucas coisas são mais desastrosas para uma equipe de futebol americano do que uma contusão na posição de quarterback. O torcedor que já viu seu signal caller se contorcendo no chão de dor ou segurando o joelho sabe muito bem o que é sentir medo, desespero e falta de esperança: uma lesão grave na posição mais importante do esporte significa – salvo raras exceções – o fim da temporada de uma franquia.

O caso mais recente é o dos Dolphins, os quais viram Ryan Tannehill ter um novo problema no joelho que ele já havia machucado em 2016. Ou então, se quisermos voltar só um pouco mais tempo, basta citar a contusão de Derek Carr às vésperas dos últimos playoffs, o que enterrou qualquer ambição dos Raiders de irem longe no mata-mata.

Não tem jeito, faz parte do futebol americano. Boa parte dos quarterbacks com longas carreiras – Favre, Peyton Manning, Tom Brady, Ben Roethlisberger – já perderam partidas por conta de lesões significativas – tirando Eli Manning, o verdadeiro homem de ferro da NFL. As únicas coisas que as franquias podem fazer são rezar e tentar se preparar o melhor possível para as emergências.

Pensando nisso, ranqueamos e separamos os quarterbacks substitutos da liga dos piores até os melhores, já que provavelmente vários deles precisarão entrar em ação ao longo do ano . Confira se o seu time está bem servido no banco de reservas (não queremos azarar ninguém. Toc, toc, toc, bate três vezes na madeira).

Obs: sempre que possível utilizamos como fonte de informação o depth chart de pré-temporada divulgado pelas equipes. Algumas, porém, ainda não disponibilizaram relações atualizadas de titulares e reservas.

Situações indefinidas e que não vamos incluir (disputa pelo posto de titular em aberto)

–  Os três cavaleiros do Apocalipse do New York Jets (Josh McCown, Christian Hackenberg e Bryce Petty)

– Houston Texans (Deshaun Watson e Tom Savage)

– Cleveland Browns (DeShone Kizer, Brock Osweiler e Cody Kessler)

– Denver Broncos (Trevor Siemian e Paxton Lynch)

Já iremos começar nossa lista abrindo um parênteses, pois Jets, Texans, Browns e Broncos ainda não definiram quem estará under center na semana 1 da temporada regular – a briga pela posição acontecerá no mês de agosto, durante o Training Camp e os jogos de pré-temporada. Como não temos certeza sobre quem serão os titulares e os reservas, não nos aprofundaremos na situação dessas franquias.

Calouros futuros titulares, mas ainda não prontos para a ação

28- Patrick Mahomes II (Kansas City Chiefs)




27- Mitchell Trubisky (Chicago Bears)

Provavelmente não é surpresa para ninguém a notícia de que os calouros Mahomes e Trubisky[note]http://www.nfl.com/news/story/0ap3000000822212/article/bears-gm-mike-glennon-is-our-starting-quarterback Acesso em: 09/08/2017[/note] iniciarão a temporada no banco de reservas. Ambos, representantes de uma das classes de quarterbacks menos empolgantes dos últimos anos, são bastante “crus” e precisarão de adaptação antes de atuarem na NFL. Na verdade, eles hoje deverão batalhar até mesmo pela posição de reserva, desbancando respectivamente os veteranos Tyler Bray e Mark Sanchez.

Os dois são projetos de médio e longo prazo, portanto o ideal seria não colocá-los em campo em 2017 – daí vem o problema se algo der errado com Alex Smith ou Mike Glennon.

Jovens com pouco tempo de jogo na NFL e que não foram devidamente testados

26- Jake Rudock (Detroit Lions)

25- Sean Mannion (Los Angeles Rams)

24- Trevone Boykin (Seattle Seahawks)

23- Brett Hundley (Green Bay Packers)

22- Cardale Jones (Los Angeles Chargers)

Formada por atletas com apenas uma ou duas temporadas de experiência na NFL, esta categoria conta com vários signal callers saídos recentemente do College Football sem muita badalação. No geral, são jovens que as franquias já selecionaram com a intenção de transformar em reservas – ou alguém espera que Rudock, Boykin e Hundley tomem os lugares de Matthew Stafford, Russell Wilson e Aaron Rodgers?

Como até hoje tiveram pouquíssimas oportunidades de mostrar serviço, é impossível dizer com certeza se são bons substitutos ou não – no máximo, podemos conceder o benefício da dúvida. Só saberemos do que eles são realmente capazes na hora em que forem testados em partidas para valer.

Rudock, Boykin, Hundley e Mannion parecem fadados ao destino de eternos reservas. Cardale Jones, contudo, vive uma situação um pouco diferente. Anthony Lynn, ex-coordenador ofensivo/ treinador interino dos Bills e atual head coach dos Chargers, adora o potencial do segundanista, tanto que o levou de Buffalo para Los Angeles através de uma troca[note]http://www.nfl.com/news/story/0ap3000000822390/article/bills-trade-cardale-jones-to-chargers-for-draft-pick Acesso em: 09/08/2017[/note]. Ou seja, talvez Jones possa ser o herdeiro de Philip Rivers quando este decidir pendurar as chuteiras

Reservas que com certeza não vão te levar a lugar nenhum

21- Josh Johnson ou Geno Smith (New York Giants)

20- T. J. Yates (Buffalo Bills)

19- Scott Tolzien (Indianapolis Colts)

18- Matt Barkley (San Francisco 49ers)

17- E. J. Manuel (Oakland Raiders)

16- Matt Schaub (Atlanta Falcons)

Alguém ainda lembra da época em que Matt Schaub era relevante na NFL? Pois é, já faz bastante tempo. Nos últimos anos, porém, o ex-titular dos Texans é mais famoso pelas suas pick-sixes (interceptações retornadas para touchdown) do que qualquer outra coisa.

Os representantes desse seleto grupo, ou pelo menos a maioria deles, têm como principais características o nomadismo, ou seja, passar por diversas franquias em um curto espaço de tempo, e a incapacidade de ganhar partidas. São quarterbacks tapa-buraco que só jogam em situações de absoluta emergência e não oferecem muita chance de sucesso. Em suma, se por circunstâncias da vida o seu time é obrigado a escalar alguém como Josh Johnson, T. J. Yates ou Scott Tolzien, você sabe que a temporada provavelmente está perdida.

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Junto com esses “nômades” do futebol americano, colocamos E.J. Manuel e Geno Smith, os dois primeiros signal callers escolhidos na tenebrosa classe de 2013. Em quatro anos como profissional, ambos já fizeram por merecer o rótulo de busts e agora tentarão permanecer na liga como reservas – Smith, por exemplo, precisará ganhar o emprego de Josh Johnson nos Giants e Manuel disputará espaço com Connor Cook.

Reservas que não vão te levar a lugar nenhum, mas podem ganhar uma ou outra partida

15- Kellen Moore (Dallas Cowboys)

14- Chad Henne (Jacksonville Jaguars)

13- Case Keenum (Minnesota Vikings)

12- Matt Cassel (Tennessee Titans)

11-Ryan Mallett (Baltimore Ravens)

10- Ryan Fitzpatrick (Tampa Bay Buccaneers)

9- Nick Foles (Philadelphia Eagles)

8- Landry Jones (Pittsburgh Steelers)

Formada em sua maioria por nomes que já tiveram um ou outro lampejo de sucesso na NFL (Cassel, Fitzpatrick e Foles) e alguns busts (Henne e Mallett), esta categoria reúne os substitutos medianos, aqueles que não ficam nem entre os melhores e nem entre os piores da liga.

Dependendo do nível de dificuldade apresentado pelo adversário e da estratégia montada pelos treinadores, são atletas que com a sua experiência e um pouco de sorte podem até mesmo vencer um ou outro jogo, embora não ofereçam perspectivas maiores do que alguns triunfos ocasionais. Não espere que após uma eventual lesão do quarterback titular eles salvem a temporada do time.

Destes, Landry Jones aparenta ser quem tem mais potencial para subir de nível. Como as lesões de Ben Roethlisberger são uma tradição anual em Pittsburgh, Jones teve oportunidade de atuar nas duas última temporadas e mostrou-se razoavelmente competente, conseguindo algumas vitórias e na medida do possível não atrapalhando.




Substitutos decentes

7- Chase Daniel (New Orleans Saints)

6- Drew Stanton (Arizona Cardinals)

5- Derek Anderson (Carolina Panthers)

4- Colt McCoy (Washington Redskins)

Daniel, Stanton, Anderson e McCoy não são jogadores super talentosos ou que possuem estatísticas brilhantes no currículo – do contrário, certamente seriam titulares em algum lugar -, mas ao longo dos anos construíram a fama de bons reservas. Vejamos o exemplo de Drew Stanton. Quando Carson Palmer se machucou em 2014, ele foi obrigado a entrar em ação e mesmo aos trancos e barrancos, carregado pela defesa e pelo brilhantismo de Bruce Arians, venceu jogos, ajudando Arizona a chegar aos Playoffs.

Em seu tempo com os Chiefs, Chase Daniel também criou uma ótima reputação, tanto que em 2016 assinou um grande contrato com os Eagles (três anos e 21 milhões de dólares) e foi cogitado como o titular da equipe antes da ascensão de Carson Wentz. Anderson, de maneira similar, vai para sua sétima temporada em Carolina como “plano B” under center.

Enfim, o que se espera de um bom backup é que ele conheça bem o ataque e seus companheiros, jogue com inteligência, sem cometer muitos erros e ofereça uma mínima chance de sucesso – acreditar que o reserva deve ter o mesmo nível do titular é sonhar alto demais. Nesse sentido, os quatro nomes aqui citados se encaixam na maioria dos requisitos.

Reservas com potencial de titular

3- A.J. McCarron (Cincinnati Bengals)

2- Matt Moore (Miami Dolphins)

1- Jimmy Garoppolo (New England Patriots)

Por último, chegamos na prateleira mais alta de todas: os reservas que poderiam ser titulares. Nesta seção, temos a verdadeira nata dos signal callers substitutos, representada por dois jovens promissores e um veterano de 34 anos.

Não deixa de ser curioso o fato de que, após o problema no joelho sofrido por Ryan Tannehill, Miami assinou às pressas com Jay Cutler, embora Moore há bastante tempo seja apontado como um dos melhores backups da liga. Considerando que Tannehill realmente perca a temporada, Cutler parece o favorito para assumir a titularidade da equipe – segundo palavras do próprio head coach Adam Gase[note]”Cutler não saiu da aposentadoria para ficar na sideline“. http://www.nfl.com/news/story/0ap3000000826626/article/gase-jay-cutler-didnt-come-to-stand-on-sidelines Acesso em: 09/08/2017[/note]. Deste modo, faz sentido questionar se a repentina falta de fé em Moore significa que ele não é tão confiável assim. Seja como for, o veterano substituiu Tannehill muito bem no final da temporada regular passada e merece crédito.

McCarron, por sua vez, causou uma boa impressão em 2015, quando assumiu o lugar do lesionado Andy Dalton. Muitos imaginam que mais cedo ou mais tarde o jovem ex-Alabama terá uma chance como titular em alguma outra franquia. Em todo o caso, ele continua sendo uma ótima opção no banco de Cincinnati.

Já Jimmy Garoppolo foi a grande revelação da última temporada. As excelentes performances substituindo o suspenso Tom Brady o credenciaram ao posto de futura estrela da NFL. Ainda não sabemos com certeza se Garoppolo é tudo isso mesmo ou foi um fruto da genialidade de Bill Belichick, mas é uma questão de tempo até que ele assuma o comando de algum ataque – em New England ou em outro time. Resumindo, não bastasse os Patriots terem Tom Brady, eles também possuem o melhor quarterback reserva da NFL.

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