Como você, meu amigo leitor, reagiria se, antes da temporada, eu te dissesse que o Philadelphia Eagles seria a equipe mais consistente ao longo do ano, com forças em todos os setores e com Jalen Hurts voando? Exagero, provavelmente. As ferramentas para uma boa temporada estavam lá, mas não aparentava que a resultante final seria uma campanha tão acima da média.
É por isso que os esportes são lindos. Em uma temporada recheada de momentos marcantes, Philadelphia se assemelhou ao seu rival da grande final: fez o difícil parecer fácil. Talento reunido, ataque explosivo, força defensiva absurda e comissão técnica entrosada. A franquia não chega ao Super Bowl como leve favorita sem motivo.
Os invencíveis
Não tinha como o início de temporada de Philadelphia ser melhor. Os oito triunfos iniciais demonstraram de cara o poder de fogo da equipe e deram a motivação para que o time pudesse entender suas forças durante toda a temporada. Os Eagles atropelaram quem estava pela frente e nem a derrota para o Washington Commanders foi capaz de os abalar – logo depois dela, venceram mais cinco partidas e anotaram 13-1 de campanha.
Tudo que há de bom na equipe ficou evidenciado desde cedo. O ataque mostrou toda sua explosão: A. J. Brown e DeVonta Smith formando uma dupla imparável, a linha ofensiva fazendo um trabalho impecável em todas as frentes e Miles Sanders sendo eficiente pelo chão. O grande diferencial, contudo, veio de Jalen Hurts; se seu crescimento não ocorresse, de nada adiantaria todo o trabalho de Nick Sirianni e Shane Steichen.
A execução perfeita do plano proposto fez o time passar por cima de todos os oponentes que vieram pela frente. O trabalho de Hurts foi tão importante que duas das derrotas da equipe (Dallas Cowboys e New Orleans Saints) vieram nos momentos em que o quarterback esteve fora de campo em virtude de uma lesão.
Quando todos estiveram juntos, Philadelphia se tornou o time imbatível. Não importava se do outro lado estava Aaron Rodgers, Derrick Henry ou Micah Parsons; alguma parte da equipe iria se sobressair e os Eagles rumariam à vitória. Afinal, a grande força de uma equipe (quase) imbatível não reside em um jogador, mas na força de seu coletivo. É isso que fez deles o time a ser batido.
