Era uma vez uma terra arrasada em Houston após o trágico final da era Bill O’Brien. Dois anos assombrosos e atolados no limbo viriam em seguida, com o time tendo algumas das piores campanhas da liga. DeMeco Ryans veio e começou a reestruturação, trazendo C.J. Stroud e Will Anderson no último draft. A expectativa era a de um primeiro ano negativo, focando mais no desenvolvimento de seu elenco jovem.
Corta para o último sábado: Texans, campeões de divisão e seed #4, vencendo com autoridade os Browns e passando para a próxima rodada. Tudo isso com um quarterback e um treinador calouros, sendo o quinto time na história a realizar este feito. O céu é o limite em Houston: afinal, a realidade se tornou muito melhor que o sonho.
Stroud de cristal
A Xuxa que me perdoe, mas a torcida dos Texans tem toda licença poética do mundo para mudar a letra de Lua de Cristal para coisas como: “tudo o que eu quiser, o menino Stroud vai me dar” e etc. Até o momento, o quarterback está dando muito além do que qualquer uma imaginaria para seu primeiro ano na liga. Além de devolver a esperança à franquia, sua maturidade dentro de campo e a maestria orquestrando o ataque tomaram todos de assalto durante a temporada regular. Antes do jogo contra os Browns, porém, existia a dúvida (válida) se ele manteria o alto nível. Afinal de contas, playoffs é outro campeonato e seria o primeiro jogo de Stroud na pós-temporada. Com Myles Garrett e toda a ótima defesa de Cleveland, a pressão poderia ser fatal.
Acontece que Stroud mal sentiu pressão. Enfrentar uma das melhores defesas da temporada? Foi fichinha para ele.





