Foi fácil? Longe disso. O time é perfeito? Nem de perto. Mas a entrega e o brio do New York Giants foram suficientes para bater o Minnesota Vikings e fazer a equipe avançar para semifinal da NFC. Se um ano atrás ninguém queria saber de Daniel Jones – inclusive esse que vos escreve – hoje ele merece todos os louros por uma vitória nos playoffs. Contudo, é preciso destacar que a principal qualidade desse time é a coletividade: todos jogam sem vaidade e isso é mérito do trabalho de Brian Daboll.
Na NFL, quem se ajusta vence
Se de um lado Ed Donatell passou o jogo todo vendo os Giants executarem a mesma jogada – uma rota vertical, uma cruzando, com os dois recebedores vindo do mesmo lado – e tendo sucesso repetido, do outro Don Martindale não foi bobo: notou logo que precisava ajustar sua cobertura em Justin Jefferson. Na primeira campanha, o camisa 18 teve 4 recepções e 30 jardas: no resto do jogo, foram apenas 3, com mais 17 jardas e nenhum alvo no último período.
Um fato fundamental foi mesclar as coberturas, utilizando mais conceitos de zona que o usual. Coberturas híbridas também apareceram, com dois jogadores cobrindo Jefferson, enquanto o resto da equipe cobria em zona. Foi o suficiente para tirar de Kirk Cousins a primeira leitura rápida no seu alvo predileto e assim abrir espaço para o pass rush trabalhar, conseguindo 3 sacks. Sofreu em alguns passes no meio? Sim, mas foi um risco calculado e aceitável para não sangrar nas mãos de Jefferson.
