É inegável que o tight end Jimmy Graham não está mais no auge de sua carreira. Após seus anos de ouro pelo New Orleans Saints – chegou a ter mais de 1000 jardas recebidas e 16 touchdowns em 2013 -, suas performances não se repetiram por Seattle Seahawks e Green Bay Packers nos dois últimos anos. Seus números pelo time de Wisconsin foram no mínimo decepcionantes, com apenas 636 jardas recebidas e dois touchdowns na temporada passada. Isso não impediu que a franquia lhe desse um voto de confiança, mantendo-o no elenco e pagando o bônus contratual de mais de 5 milhões de dólares previsto. O jogador deu declarações dizendo que os números realmente são muito ruins e que está disposto a mudar isso e retomar os tempos áureos nesta temporada.
Em entrevista nesta semana ao site Madison.com, Graham afirmou estar empolgado com a chegada do novo treinador Matt LaFleur e que o time “usará um pouco mais os tight ends“. Isso não chega a ser uma surpresa, visto que LaFleur tem suas raízes no sistema de Kyle Shanahan (atual head coach do San Francisco 49ers), com quem trabalhou entre 2015 e 2016 no Atlanta Falcons e que usa muito os tight ends no jogo aéreo.
Vale lembrar que, no último Draft, o time selecionou Jace Sternberger, tight end de Texas A&M: não é improvável vermos ele e Graham juntos em campo, criando vários confrontos favoráveis ao ataque dos Packers, por conta da vantagem física que ambos trazem no confronto com os defensores. Essa concorrência parece ter motivado o veterano: na mesma entrevista, Graham disse estar aproveitando o training camp para tentar impressionar o novo treinador e que “quando tenho essas oportunidades, tenho que mostrar a ele que sou o maior e mais rápido aqui. Eu tenho que subir e fazer as recepções que ele pede”.
Em outro momento da entrevista, Graham também diz que está “motivado e focado. Temos mais quatro semanas de treinamentos e estou muito empolgado para calar muita gente”. Essa motivação extra mostra um novo clima nos Packers, coisa que não havia nos últimos anos. Graham motivado e com vontade de se provar pode ser arma importante para Aaron Rodgers, em especial na red zone. Quem ganha com isso são os Packers que, ao que tudo indica, estão prontos para ter um ano bem diferente da modorrenta última temporada.
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