Todo ciclo na NFL tem um fim, seja por uma troca, dispensa ou aposentadoria. O mais recente foi de Von Miller no Denver Broncos: o jogador foi trocado com o Los Angeles Rams por escolhas de segunda e terceira rodadas no Draft de 2022. Com isso, Denver abre espaço de US$ 9,7 milhões em sua folha salarial para este ano. Vale lembrar que o jogador não tinha contrato para 2022 e sua permanência no elenco para 2021 já tinha sido alvo de especulações: os Broncos exerceram em março a opção de renovação automática e o mantiveram pelo Colorado.
Com 32 anos, já era esperado que essa fosse a última temporada do camisa 58 em Denver. Miller vinha de uma lesão grave que o fez perder 2020 todo e em 2019 teve sua pior marca de sacks na carreira, com apenas 8. Entretanto, o general manager George Paton não quis se indispor com a torcida logo em seu primeiro ano de trabalho, mantendo o jogador no elenco, mesmo com o salário alto. No fim, mesmo que por vias tortas, deu certo: em vez de sair de graça, arrumou duas escolhas valiosas de Draft, que podem se tornar peças interessantes no elenco.
Um punt na temporada
Curiosamente, o Denver Broncos abre mão de Miller após bater Washington e se colocar com uma campanha de 4 vitórias e 4 derrotas. Claro que não é uma recorde primoroso, mas o time ainda poderia se colocar na briga pelos playoffs e tentar uma corrida final. Entretanto, as vitórias aconteceram contra equipes da parte de baixo da tabela: se somados, os oponentes batidos venceram 7 jogos e perderam 23. Sempre que a equipe se defrontou com adversários com campanha positiva, saiu derrotado. O revés para o Cleveland Browns é o mais emblemático: mesmo sem Baker Mayfield e diversos outros titulares no time de Cleveland, os Broncos não conseguiram a vitória.
Vale a lembrança que Von Miller era um capitão e referência no elenco. Desta forma, ao que tudo indica, George Paton já não enxerga o time com capacidade de brigar por coisas maiores. Claro que a volta de Bradley Chubb, prevista para a semana 10, pode amenizar a ausência de Miller no pass rush, mas uma equipe que precisa de toda força defensiva para compensar o anêmico ataque não pode simplesmente trocar um EDGE que tem 28 pressões no ano – top-15 em 2021[foot]Pro Football Focus[/foot] – e depender do outro, que volta de lesão. Fora isso, o baque no vestiário é enorme, já que o principal líder se foi. Quem pensa em vencer não faz isso.





