Os 10 melhores jogadores da NFL com 25 anos ou menos

Fazer um top 10 dos melhores jogadores da NFL é uma tarefa impossível. Só a tarefa de comparar posições distintas já é imprecisa. Some a isso o fato de história, títulos, importância no time e subjetividade e chegue à conclusão não dá para fazer um ranqueamento decente. Já um top 10 da temporada passada é interessante, mas não estamos olhando para o futuro da liga.

Pensando nisso, o Pro Football resolveu fazer um top 10… dos melhores jogadores com 25 anos ou menos. Como eles não possuem muita história, fica bem mais fácil comparar o impacto deles em seus respectivos times. Além disso, fica mais tranquilo ver se a maçã é melhor que a laranja e, obviamente, é possível discorrer sobre o futuro. Os critérios usados foram os mesmos no ranking do Antony Curti – vai lá dar uma olhada. É importante ressaltar que consideramos jogadores com 25 anos ou menos até dia 31/12/2016 (ou seja, nascidos de 1991 para frente) – por isso vai ter algumas ausências na lista. Fletcher Cox e Zack Martin, por exemplo, têm 25 anos hoje, mas fazem aniversário dia 13/12 e 20/11, respectivamente, logo ficaram fora de qualquer consideração.

Vale ressaltar que nenhum linha ofensiva aparece na lista. Isto não quer dizer que não há bons atletas na posição, mas sim que este é um efeito esperado. Normalmente, jogadores de linha ficam mais tempo na universidade (ao contrário dos running backs, por exemplo), assim conseguem jogar em mais posições e aprender muito mais técnica – normalmente eles viram o left tackle no último ano na universidade. Além disso, os ataques baseados na Spread Offense no futebol americano universitário (com elementos de No Huddle e Read Option) faz com que os jogadores da posição sofram com a transição para o nível profissional. Por fim, não haverá menções honrosas, pois é muito fácil esquecer algum nome – e não queremos cometer injustiças. Sem mais delongas, acompanhe a lista e deixa a sua também nos comentários.

10. Derek Carr, quarterback (Oakland Raiders)

Todo mundo já percebeu o quão única é a posição de quarterback. Os jogadores demoram mais para amadurecer, jogam até perto dos 40 e, em muitos casos, quanto mais velho, melhor. Por causa disso Carr é o único da posição que aparece neste top 10.

Este é um ótimo espaço para discutir a evolução dos signal callers até os 25: Carr, Teddy Bridgewater, Blake Bortles, Jameis Winston, Marcus Mariota e Jared Goff. Enquanto os últimos dois ainda não tiveram espaço para mostrar o seu potencial (Goff não jogou ainda, obviamente), todos os outros atuaram em pelo menos 16 jogos e vem sendo gratas surpresas.

Winston jogou bem no ano passado (foi para o Pro Bowl), mas ainda precisa mostrar mais que Carr em campo – principalmente nos quesitos precisão e cuidar melhor da bola. Bridgewater encaixou-se nos Vikings, mas ainda tem sérios problemas em arriscar lançamentos longos – é a maior taxa de passes completos do grupo (pouco mais de 65%), porém tem uma média de apenas 14 touchdowns por temporada.

Entre Carr e Bortles, a questão fica muito mais subjetiva. Além do material humano que o jogador dos Raiders tem para trabalhar é de menos qualidade (a dupla Michael Crabtree e Amari Cooper não é melhor do que Allen Robinson e Allen Hurns), seus números são superiores na razão touchdown/interceptação (2,12 contra 1,31) e é mais preciso (Bortles ainda não teve uma temporada com mais de 60% dos passes completos). O argumento contrário (que é super válido) é que Bortles possui a disposição uma linha ofensiva pior e sua média de jardas conquistadas por passe é mais alta (6,8 contra 6,2) – apesar de que o grupo de recebedores dele é um dos melhores da liga. Em nossa avaliação, precisão e evitar interceptações é mais importante do que ser mais vertical.

9.Todd Gurley, running back (Los Angeles Rams)

Após detalhar bem a situação da posição de quarterback, fica mais fácil explicar o resto da lista. A partir de agora, nem jogadores de linha ofensiva (pela razão já citada) e nem signal callers vão aparecer. Como já dito, quarterbacks precisam amadurecer e demoram mais (tirando casos raros) para se colocar como um dos melhores da liga. Já os running backs sofrem do mal inverso: quanto mais novo, melhor. Com apenas 12 jogos como profissional, Gurley já se consolidou como um dos melhores jovens da NFL.

Não tem como argumentar contra 1100 jardas terrestres conquistadas em 12 jogos, sendo que todos em campo sabiam que ele iria correr e mesmo assim não dava para pará-lo. Foram cinco jogos com mais de 100 jardas terrestres e dez touchdowns terrestres. Devido ao seu pouco tempo de liga, ele fica apenas na nona colocação, porém tem muito espaço para evoluir – e subir ainda mais. Para quem adora Fantasy Football, é importante ficar de olho nele na hora do Draft.

8. Anthony Barr, linebacker (Minnesota Vikings)

Indo para o Draft de 2014 muitos especialistas começaram a dizer que Barr não era tão bom assim. Um baita engano: era só colocar o videotape e ficava visível o quão bom ele era – apenas não conseguia ser tão dominante quanto Khalil Mack, mas isto não é nenhuma depreciação. Barr parecia ideal para um sistema 3-4, mas os Vikings (que jogam no 4-3) o escolheram, provocando uma certa confusão para entender o que tava acontecendo:

Lembram o caso do Miami Dolphins com Dion Jordan? É a mesma situação em Minnesota. Barr é muito talentoso, porém não sei se vai caber nessa defesa. Um risco considerável do Vikings.

Esta foi a minha avaliação na época. Em campo, Barr surpreendeu muito jogando de SAM em um sistema extremamente criativo com ele. Ano passado sua contribuição em campo aumentou consideravelmente com a adição de Eric Kendricks como MIKE e ele mereceu entrar no top 10.

Qual o motivo de ele não estar mais bem colocado? Um pouco de falta de produção. Ano passado foram apenas 3,5 sacks, sete passes defendidos, uma interceptação, três fumbles forçados e quatro tackles para perda de jardas. Ele é muito importante para esta defesa, mas precisa produzir mais em 2016.

7. DeAndre Hopkins, wide receiver (Houston Texans)

O wide receiver até os 25 anos mais completo. Hopkins pode jogar como um recebedor #1 (sendo a bola de segurança), como uma ameaça no fundo do campo, ganhando jardas após a recepção e, até mesmo, é um bom bloqueador.

Ele ainda teve 111 recepções ano passado, sendo 11 touchdowns e 1521 jardas, jogando com uma combinação de Brian Hoyer e Ryan Mallet under center. Talvez merecesse estar mais alto, porém tem potencial para ser produzir ainda mais com Brock Osweiler em 2016 – e subir ainda mais nos rankings. É o meu preferido entre os jovens recebedores da NFL.

6. Tyrann Mathieu, defensive back (Arizona Cardinals)

Quem acompanha Tyrann Mathieu, desde os tempos de LSU, sabe de todo o seu potencial. Ele seria uma escolha de top 5 caso, bem, não tivesse se envolvido em tantos problemas na universidade. Quando foi para os Cardinals, Mathieu conseguiu por a cabeça no lugar e está jogando muito mesmo.

Ano passado foram 17 passes defendidos, cinco interceptações e até mesmo um sack. Sua posição híbrida que mistura nickel/safety/corner tira o máximo de seu potencial e o resultado é visível: quando ele se machucou, a defesa dos Cardinals começou a ter um desempenho pior. O motivo para ele estar em sexto é a sua falta de durabilidade – ainda não completou uma temporada sem se machucar. Se ele fosse mais durável, com certeza estaria no top 5.

5. Le’Veon Bell, running back (Pittsburgh Steelers)

Falei de durabilidade e acabei colocando Le’Veon Bell em quinto? Incoerente? Talvez, mas tem muita lógica por trás. Enquanto saudável, Bell foi muito mais dominante em campo do que Todd Gurley. Sua média de 4,9 jardas por carregada é absurda e ele não era um desconhecido para os coordenadores defensivos da liga.

Na única temporada que esteve saudável os 16 jogos, Bell foi muito importante para o ataque dos Steelers. Ele tirou muita pressão de Big Ben, tanto é que ele teve os melhores números da carreira, e elevou o setor ao próximo patamar. Infelizmente ele não conseguiu ficar saudável (de novo), porém enquanto esteve em campo foi realmente importante.

4. Luke Kuechly, linebacker (Carolina Panthers)

É impressionante pensar que Luke Kuechly tem apenas 25 anos – completados em abril deste ano. Ele foi tão importante nos últimos quatro anos para os Panthers que parece um veterano em campo.

O que atrai no seu jogo não é apenas a capacidade nos tackles, mas sim ele ser um linebacker que consegue jogar de sideline a sideline – ou seja, não é limitado. Joga no box, como robber, na cobertura, não importa: ele faz de tudo. Como era preciso desempatar a disputa (e estamos comparando maçãs com laranjas), o jeito encontrado foi: se eu tirar este jogador de sua unidade, ela vai ficar muito pior? Kuechly proporcionaria uma perda para os Panthers, mas não seria tão sentida quanto a perda dos próximos três jogadores.

3. Odell Beckham Jr., wide receiver (New York Giants)

Existe um grupo de pessoas que acha que Odell Beckham Jr. é o melhor wide receiver da história e outro que ele não deveria estar no top 20 da liga. Como (quase) sempre, o mais próximo da realidade é ficar longe dos extremos.

Beckham pode ser problemático, com atitudes infantis que lhe fizeram perder alguns dólares, porém é extremamente talentoso. Apesar de ter ficado surpreso com ele ser escolhido na décima segunda escolha geral, era visível o quão talentoso e dominante ele poderia ser na liga. Em dois anos, mais de 2700 jardas conquistadas em 187 recepções. Ele é um fenômeno conquistando jardas após a recepção e, sem sombras, é o melhor jovem recebedor – considere jovem os atletas até os 25 anos.

2. Khalil Mack, defensive end (Oakland Raiders)

Os dois melhores 25 ou menos são dois jogadores defensivos que são igualmente importantes para as suas defesas. O que lhes separou? Tempo dominando na liga.

O Khalil Mack de 2014 era o Anthony Barr de 2015: importantíssimo defensivamente, mas sem a produção que o colocasse em evidência. Ano passado, Mack destruiu devido aos reforços defensivos de Oakland e ao modo criativo com que foi usado – principalmente quando o esquema se alternava do 4-3 para o 3-4. Foram 15 sacks e 23 tackles para perda de jardas – só ficou atrás de J.J. Watt, que teve 29. Seu potencial é o maior da lista e ele pode tornar-se o jogador da posição em algum tempo.

1. Aaron Donald, defensive tackle (Los Angeles Rams)

Um pouco undersized para a posição, Aaron Donald mostrou para todos o quão versátil o 4-3 pode ser com relação ao tamanho dos atletas de linha. Com Michael Brockers atuando na 1-tech, Donald conseguiu virar o defensive tackle 3-tech mais dominante da NFL em apenas dois anos.

Se a média de 10 sacks por temporada na carreira não lhe convencem (e nem os 22 tackles para perda de jardas em 2015, terceira melhor marca da liga), coloque o videotape. Ele destrói qualquer pocket pelo meio, seja em jogadas de corrida ou de passe. Apesar de não parecer, o impacto de Donald para a defesa dos Rams é gigantesco e não havia como ele não ser o melhor com 25 anos ou menos da NFL. Donald está redefinindo a posição de 3-tech defensive tackle e, em 2016, ele deve ser melhor ainda do que nos anos anteriores.

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