Os 5 Drafts mais memoráveis da década de 2010

Classes boas, ruins, momentos marcantes e quarterbacks dão a tônica – mas a classe de 2011, que só tem Cam Newton de quarterback de impacto na primeira rodada, é a mais talentosa delas. Lembra de todas?

Nesta semana, soltaremos textos históricos no ProFootball, elencando os melhores times, jogadores, treinadores e outros mais da última década. Hoje, falaremos das 5 classes mais marcantes do Draft. Não necessariamente colocaremos as melhores classes em nomes, mas pesamos também o impacto que tiveram para o esporte e para suas narrativas.

5- Draft 2012

Em raras oportunidades um quarterback chega de maneira tão unânime no Draft. Foi o que aconteceu com Andrew Luck no Draft de 2012, chegando extremamente polido de Stanford. Luck fazia progressão de recebedores como um quarterback profissional, tinha uma ética profissional apurada e era unanimidade a ponto dos Colts cortarem Peyton Manning para poder dar a chave da franquia a Luck.

Junto dele, Robert Griffin III trouxe toda a pirotecnia de seu jogo para a NFL após vencer o Heisman. Oito anos depois, Luck está aposentado e Griffin é reserva após uma lesão no ano de calouro que mudou completamente sua carreira. Não tem como dizer que não foi marcante. Como bônus, o melhor quarterback desta classe saiu apenas na terceira rodada – um tal de Russell Wilson.

4- Draft 2013

Como falei no início do texto, não é um artigo sobre as melhores classes – mas sobre as mais marcantes da década. Neste caso, impossível não colocar a de 2013, mesmo que com um tom negativo.

A classe era rasa a ponto de dois offensive tackles terem sido as primeiras escolhas – Eric Fisher até foi pro bowler e campeão pelos Chiefs, mas Luke Joeckel uma farsa nos Jaguars. Salvo raras exceções como DeAndre Hopkins, o resto da primeira rodada é fraco e tivemos apenas um quarterback escolhido nela – E.J. Manuel, pelos Bills. Sua carreira passou longe de ter valido a escolha.

3- Draft 2014

A melhor classe de wide receivers da década teve Sammy Watkins, Mike Evans, Odell Beckham Jr, Brandin Cooks e Kelvin Benjamin saindo na primeira rodada. Para além disso, ainda teve Davante Adams, Allen Robinson e Jarvis Landry na segunda.

Como tempero extra, outros excelentes jogadores foram escolhidos como Khalil Mack e ainda foi o Draft de Johnny Manziel, quarterback de Texas A&M que polarizava opiniões. No final das contas, nem Manziel e nem o primeiro quarterback escolhido, Blake Bortles, são titulares na NFL hoje – a briga para “melhor” daquele Draft fica entre Teddy Bridgewater, Jimmy Garoppolo e Derek Carr e, convenhamos, não é uma briga tão forte como a de 2017 entre Deshaun Watson e Patrick Mahomes.

2- Draft 2017

Impossível esquecer. O Chicago Bears subiu da terceira para a segunda escolha geral e, com Deshaun Watson e Patrick Mahomes disponíveis, escolheram Mitchell Trubisky – a troca, em si, já foi um absurdo na época e a escolha tem ramificações terríveis para os Bears até hoje. Watson foi para os Texans e Mahomes para os Chiefs, com quem já foi MVP, campeão do Super Bowl e acaba de assinar contrato de 10 anos.

Para além dos quarterbacks, foi uma classe interessante para a posição de running back – Leonard Fournette foi o primeiro e não goza de tanto prestígio hoje, mas essa classe ainda teve Alvin Kamara, Kareem Hunt, Tarik Cohen, Dalvin Cook e o hoje mais bem pago da posição, Christian McCaffrey.

1- Draft 2011

Uma classe que moldou uma geração e a forma pela qual a gente assiste NFL até hoje. Não é exagero nenhum dizer que foi a melhor da década e que há tiros certos para o Hall da Fama nessa classe de 2011. São 16 pro bowlers na primeira rodada. Em futuros Hall da Fama,Von Miller, Patrick Peterson, Julio Jones, Tyron Smith e J.J. Watt.

Para além deles, ainda temos Cam Newton, Cameron Jordan, Mark Ingram,  Marcell Dareus, Aldon Smith, Cameron Heyward, Mike Pouncey, Ryan Kerrigan, A.J. Green – todos nomes que impactaram a NFL. A classe ainda teve gratas surpresas para além da primeira rodada, como Richard Sherman na quinta, Jason Kelce na sexta e uma segunda com Justin Houston, DeMarco Murray e Randall Cobb. Tenho medo de ter ficado repetitivo ao citar tantos nomes, mas é justamente esse o argumento para esta classe ser inesquecível.

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