Vamos dar sequência à mini-série elencando os 20 melhores prospectos de running back pro seu time de Fantasy Football. Este texto foi manifestamente mais difícil de escrever depois do ano de baixa produtividade dos running backs elencados como os melhores na temporada de 2015. Entre Eddie Lacy, DeMarco Murray, Jamaal Charles, Le’Veon Bell, C.J. Anderson e Adrian Peterson, apenas o camisa 28 do Minnesota Vikings teve uma temporada realmente produtiva em termos de Fantasy Football. Este ranking foi extremamente divertido de escrever pelas inúmeras possibilidades de mudanças de colocação.
Como já colocado, para estes textos consideraremos o formato de pontuação standard, no qual não há nenhuma bonificação por atingir certas marcas dentro de uma perfomance e nenhum ponto extra por recepção. Há, naturalmente, alguns jogadores que se destacariam mais no modelo PPR (pontos por recepção), mas fiquem tranquilos: apontaremos isso dentro da descrição do jogador.
20 – Ryan Mathews, Philadelphia Eagles
Ryan Mathews também foi para o Philadelphia Eagles para formar um duo talentoso com DeMarco Murray na temporada passada. Entretanto, o jogador teve seu espaço para produzir restrito, sendo titular em apenas seis partidas da temporada.
Para 2016, todavia, Mathews tem a oportunidade de ser o principal running back do esquema ofensivo do novo head coach Doug Pederson, ex-coordenador ofensivo de Kansas City Chiefs. Se formos estipular que ele implementará algo que parta dos mesmo princípios do ataque de Andy Reid no time da AFC West, o running back terá um papel proeminente. Ademais, se considerarmos que Carson Wentz é um quarterback calouro, se adaptando ao futebol americano no nível profissional, o auxílio do jogo corrido para desonerar o signal caller é fundamental.
Temos, portanto, uma situação de oportunidade para Ryan Mathews: assumir um papel de liderança no ataque e demonstrar o talento exibido nas temporadas de 2011, 2012 e 2013 quando jogava pelo San Diego Chargers. Oportunidade e volume, como dizemos sempre, é o que faz um jogador ser produtivo no Fantasy.
19 – DeMarco Murray, Tennessee Titans
Recém-contratado pela franquia da AFC South, DeMarco Murray busca reencontrar sua melhor forma na temporada de 2016. Em 2014, Murray teve 1.845 jardas e 13 touchdowns pelo Dallas Cowboys, sendo eleito o jogador ofensivo da temporada. Em 2015, contratado a peso de ouro pelo rival Philadelphia Eagles, Murray não se encaixou no sistema ofensivo de Chip Kelly: 702 jardas e 6 touchdowns, com uma média de 3.6 por tentativa corrida, a pior marca das suas cinco temporadas na NFL.
Agora sob nova direção, o ex-jogador de Oklahoma busca se estabelecer num grupo de running backs que não se estabeleceu em 2015. Entre David Cobb, Antonio Andrews, Dexter McCluster, Bishop Sankey e Terrence West, o Tennessee Titans não teve uma boa produção terrestre: 28º em tentativas (371), 25º em jardas (1.485), 17º em jardas por tentativa (4.0) e 18º em touchdowns, com 10. Acontece que 252 dessas jardas, 2 touchdowns e 34 tentativas vieram do quarterback Marcus Mariota, o que reduz ainda mais as estatísticas dos running backs.
DeMarco Murray tem tudo para a assumir a titularidade de um ataque carente em produção terrestre, desonerando Mariota e carregando as correntes. Entretanto, se considerarmos o ano dúbio que teve em 2015 e a presença do calouro Derrick Henry, vencedor do prêmio Heisman no ano passado, há dúvidas pairando sobre o verdadeiro valor do ex-Cowboy e ex-Eagle no Fantasy Football.
18 – Jeremy Hill, Cincinnati Bengals
Ao contrário de Jonathan Stewart, Jeremy Hill é justamente o jogador que o Cincinnati Bengals usa para conseguir aquelas jardas curtas e entrar na end zone. Em 2015, dentro da faixa de 10 jardas do campo adversário, ou seja, em situações de espaço curto, Hill conquistou todos seus touchdowns, os 11 terrestres e o seu único aéreo. Foram 26 tentativas nesta posição de campo, o que significa que 42% das vezes que Hill recebeu um hand-off nas últimas 10 jardas, ele entrou na endzone. A capacidade de anotar pontos não pode de forma alguma ser ignorada.
Vale dizer, a média por carregada do jogador caiu drasticamente da sua temporada de calouro (5.1) para seu segundo ano (3.6). Apesar do seu valor dentro da red zone, Hill teve um desempenho fraco nas outras partes do campo, não conseguindo mover as correntes do ataque como fizera em 2015. Outro fato normalmente colocado é a divisão de carga com Giovani Bernard. Embora seja verdade que ele acaba tomando parte do volume de Hill, o impacto no rendimento do camisa 32 não é tão grande: Bernard é utilizado de forma predominante em situações de passe. Claro que isso deve ser levado em conta, mas não invalida Hill como o número um deste ataque.
Considerando o exposto acima, Hill teve ao final da temporada 794 jardas, 18ª marca da liga em 223 tentativas, 10ª marca da NFL. São bons números para um running back número três ou dois da sua equipe, e é por isso que Hill fica na 18ª posição desta lista.
17 – Carlos Hyde, San Francisco 49ers
A chegada de Chip Kelly pode ter sido uma ótima notícia para Carlos Hyde. Depois de lidar com várias lesões em 2015, Hyde estava inserido num time abaixo da média. Para 2016, há uma série de fatores que podem fazer o running back ser relevante no Fantasy. Em primeiro lugar, a filosofia ofensiva de Kelly pode encaixar de cara e Hyde pode participar tanto no jogo aéreo quanto corrido. Isso garantiria ao jogador um volume que o faria uma peça valiosa no Fantasy, em especial se considerarmos o average draft position do jogador – ao redor da 38ª escolha, ou seja, no início da 4ª rodada em ligas de 12 equipes.
Há um receio de que o San Francisco 49ers ainda não encaixe neste primeiro momento. Assim, o jogo corrido teria que ficar ainda em segundo plano para correr atrás de resultados – sem contar que, durante a temporada de Fantasy, eles enfrentam o Los Angeles Rams, Carolina Panthers, Seattle Seahawks, Arizona Cardinals duas vezes, Buffalo Bills, e New York Jets (na semana 14). Nada disso é muito estimulante, e, honestamente, eu sequer selecionei o jogador em meus drafts simulados. Ainda assim, ele tem potencial para ser um running back de uma equipe que preza pelo uso dos seus running backs; por isso, Carlos Hyde fica na 17ª posição como uma opção de alto risco e potencial boa recompensa.
16 – Jonathan Stewart, Carolina Panthers
Parece ir na contramão da intuição colocar o running back do melhor ataque da NFL em 2015 e que tem uma orientação ofensiva mais voltada para o jogo corrido em posição tão baixa. Entretanto, alguns fatores colocam um enorme ponto de interrogação sobre o desempenho do jogador para a temporada que se aproxima.
O primeiro deles diz respeito ao próprio jogador: Jonathan Stewart tem um histórico complicado de lesões. Se aliarmos isso à idade avançada do camisa 28, que já tem 29 anos, selecioná-lo com uma escolha alta, isto é, com as três primeiras, pode ser uma aposta enorme para sua equipe. A partir de meados da terceira rodada, quarta, escolhê-lo já se torna uma opção viável.
A outra questão é a ameaça de Cam Newton e outros jogadores tomando as carregadas dentro da red zone. A tendência do Carolina Panthers de utilizar outras peças ofensivas em situações de goal line acaba tirando de Stewart o potencial de anotar aqueles 6 pontos por si só e dar um gás na pontuação do jogador no Fantasy Football. Para ilustrar, dos 19 touchdowns terrestres da equipe ano passado, apenas 6 foram de Stewart, indo 10 para Cam Newton, e um para Fozzy Whitaker, Mike Tolbert e Cameron Artis-Payne.
15 – Thomas Rawls, Seattle Seahawks
Antes, o único receio com Thomas Rawls eram as lesões. O jogador demonstrou em 2015 que tem o talento e a explosão física para ser o running back número um do Seattle Seahawks na era pós-Marshawn Lynch, com uma média de jardas por carregada acima de 5. Entretanto, na offseason, a equipe da NFC West trouxe C.J. Prosise e Alex Collins no draft. Além disso, relatos do training camp indicam que Christine Michael – que já sacudiu o coração de vários jogadores de Fantasy em 2015 – está se mostrando uma excelente opção no backfield de Seattle.
Rawls ainda será a primeira opção no backfield, embora exista ainda preocupações cercando o jogador. Ele não deve ser um running back que jogará nas três descidas, mas ele é certamente o jogador favorito para as jardas duras na primeira e segunda descida. Há riscos envolvidos – se ele não voltar bem da lesão no tornozelo, ele pode perder espaço para os colegas de posição, e há uma enorme competição ao redor dele. Todavia, se o jogador estiver disponível no começo da quarta rodada, como já aconteceu em diversas oportunidades em vários mock drafts, o risco de tê-lo é bastante diluído.
14 – C.J. Anderson, Denver Broncos
Para muitos, a maior decepção de 2015 no Fantasy. Lembro de artigos justificando a escolha de C.J. Anderson com a primeira escolha geral no draft ano passado, e, se alguém o fez, certamente ficou decepcionado. Para 2016, a posição de Anderson na lista é bem mais baixa, embora ele possa ter uma boa produção na temporada que se aproxima.
C.J. Anderson é o número um num ataque “em formação”, por assim dizer. Com a incerteza pairando na posição de quarterback, no sentido de que não sabemos o quão produtivo o jogo aéreo dos Broncos será sob a batuta de Mark Sanchez (ou do calouro Paxton Lynch), Anderson está numa situação de aumentar o seu volume e ser mais relevante no Fantasy. Ainda assim, a adição de Devontae Booker (fiquem de olho neste nome) ao grupo de running backs pode indicar que, se Anderson não demonstrar um bom rendimento, ele pode perder parte desse volume.
Ao meu ver, é uma situação promissora mas com alto risco envolvido. Considerando que C.J. Anderson tem saído no meio do terceiro round em vários dos drafts simulados, o corredor do Denver Broncos tem um bom valor caso você esteja carente de running backs nesta altura do draft.
13 – Latavius Murray, Oakland Raiders
Vou falar de uma vez: em termos de valor, Latavius Murray é meu running back favorito para 2016. O jogador – que já teve um enorme volume em 2015 – deve ter esse número aumentado para a temporada que se aproxima, de acordo com os relatos que chegam do training camp. Bom, se considerarmos que Murray teve 266 tentativas na temporada passada – 3ª melhor marca da NFL – um aumentos de volume pode colocar esse número na casa dos 300, que configuraria uma média de 18.75 tentativas terrestres por partida.
Se Murray tem o potencial para ser um running back extremamente produtivo para o Fantasy Football, o que o coloca como apenas o 13º do ranking? Pois bem, há duas questões envolvendo o jogador em Oakland. A primeira é apenas o fato de que o jogador já não produziu muito bem apesar da carga que teve ano passado, sendo colocado no banco em duas oportunidades. A segunda é que os Raiders trouxeram o calouro DeAndre Washington para situações de terceira descida – pelo físico do jogador, ele deve ser envolvido em situações de passe.
Elencados o potencial e os possíveis reveses e dificuldades, por que Murray é meu favorito em termos de valor? Por um simples motivo: ele tem sido selecionado em média no final da terceira rodada em drafts simulados, às vezes até mesmo na quarta. Em praticamente todos os mocks que fiz de ligas de 12 times, eu consegui pegar o running back do Oakland Raiders. Conseguir pegar um running back que deve ser top 5 de volume na terceira rodada é apenas sensacional. Ao meu ver, Murray termina entre os 7 melhores da posição no Fantasy Football em 2016 – especialmente correndo atrás de uma linha ofensiva estelar.
12 – Devonta Freeman, Atlanta Falcons
O número um dos running backs em 2015, o jogador que muitos pegaram por pegar e que acabou salvando a temporada destas equipes. O running back conquistou a vaga no ano passado após a lesão de Tevin Coleman e mostrou que poderia ser utilizado no jogo terrestre e aéreo. Posto isso, quais os possíveis reveses do líder de sua posição no Fantasy em 2015?
Primeiramente, a produção de Freeman veio numa janela bem determinada: até a semana sete, o jogador liderou a NFL em jardas corridas, com 621, e touchdowns terrestres, com nove. Isso mesmo: nove touchdowns terrestres em apenas sete partidas, uma média que, se mantida, bateria a marca de 20. Todavia, estes números caíram drasticamente nos nove jogos finais. Freeman caiu para uma média de 3.3 jardas por partida, 1.4 jardas a menos que sua média entre as semanas um e sete. Ademais, o jogador entrou na end zone apenas mais duas vezes.
Para 2016, paira a seguinte dúvida: qual Devonta Freeman veremos? O das semanas 1 a 7 ou da 8 a 17? É difícil que o jogador consiga reproduzir o volume de 2015, em especial se considerarmos Tevin Coleman na sua cola. A comissão técnica demonstrou querer envolver mais Coleman no plano de jogo, aproveitando os reforços que a equipe buscou para a linha ofensiva, como o center Alex Mack e o guard calouro Wes Schweitzer. Ainda assim, Freeman tem excelente potencial para 2016, pela confiança que conquistou pelas suas perfomances em 2015, e deve ser selecionado no meio da segunda rodada de drafts virtuais.
11 – Eddie Lacy, Green Bay Packers
Se você me dissesse às vésperas do draft em 2015 que sua primeira escolha geral seria Eddie Lacy, eu teria apoiado. E tanto eu quanto você teríamos ficado a ver navios com a perfomance dentro de campo do camisa 27.
Visivelmente fora de forma e tendo problemas em explorar os buracos que a linha ofensiva (que já sofria com lesões), Lacy foi um dos principais busts de Fantasy no ano passado. Em 2016, o running back estará a uma temporada de assinar um contrato com o Green Bay Packers, e quer mostrar serviço. Lacy já mostrou estar voltando à uma melhor condição física, e demonstrou uma melhora no eye test nas duas primeiras semanas da pré-temporada. O próprio jogador declarou que está se sentindo confiante e em melhor condições para a temporada que se aproxima.
Com a volta de Jordy Nelson e a esperança de uma linha ofensiva mais estável, o ataque do Green Bay Packers tem tudo para despontar – no jogo terrestre e aéreo. Lacy é uma boa opção na segunda rodada, com um enorme upside, podendo se tornar o seu principal corredor no Fantasy se os indicativos de melhora se confirmarem.
10 – Doug Martin, Tampa Bay Buccaneers
Depois de algumas temporadas abaixo das expectativas, Doug Martin teve um ótimo ano em 2015. Ele terminou a temporada com 1.402 jardas, segunda melhor marca da liga, com uma média de 4.9 jardas por tentativa. A ótima temporada rendeu ao jogador um novo contrato com o Tampa Bay Buccaneers.
Há uma preocupação quanto à presença de Charles Sims nesse ataque: Martin perderia produção e volume depois de uma boa temporada recebendo passes do seu companheiro de posição? Pois bem, 936 as 1.402 jardas de Martin vieram em primeiras descidas – praticamente 67% da sua produção. Os dois podem produzir neste ataque dos Buccaneers, que deve evoluir no segundo ano de Jameis Winston.
Posto isso, Doug Martin se mostra como uma ótima opção na segunda rodada, sem custar um pick de primeira rodada e com potencial de ser running back número um. Resta agora vermos se Martin mostrará o talento que desfilou na sua temporada de calouro e na temporada de 2015 ou se retornará à péssima forma de 2014 e 2013.
9- Le’Veon Bell, Pittsburgh Steelers
Antes de mais nada, o único motivo para Le’Veo não ser o número um da lista é sua suspensão de quatro partidas. Não conseguiria posicionar Le’Veon Bell de outra maneira que não como a melhor opção entre os corredores, mesmo voltando de um ano marcado por lesões e suspensões.
Em que pese a falta de ritmo e a recuperação da forma física, Le’Veon Bell se encontra numa posição para explodir em 2016. O jogador teve apenas 6 jogos em 2015, mas mostrou que pode contribuir tanto nas trincheiras quanto recebendo passes saindo do backfield. Foram 556 jardas em 113 tentativas, com 3 touchdowns, uma média de 92.7 jardas por partida. No jogo aéreo, Bell foi alvejado 26 vezes, recebendo 24 desses passes para 136 jardas. O jogador conta com a plena confiança de Ben Roethlisberger para resolver tanto no jogo aéreo como no jogo corrido, um pacote completo, que, nos formatos PPR, faz um estrago ainda maior.
Na última temporada completa do camisa 26, em 2014, Bell correu para 1.361 jardas em 290 tentativas, uma média elevada de carregadas por jogo: 18.6. Correndo, foram 8 touchdowns. Ademais, no jogo aéreo, foram 105 targets e 83 recepções, para 854 jardas e 3 touchdowns. Le’Veon Bell encontra os espaços e realiza muito bem as funções de running back de carga e de recebedor em situações de passe, se tornando um pacote completo e a melhor opção para a posição no Fantasy Football, seja no formato standard ou PPR.
Na presente situação, na qual Bell se encontra suspenso, ele seria uma escolha brilhante na segunda rodada. Caso consiga o camisa 26 no segundo round, fique atento para selecionar outros running backs que consigam suprir a ausência do jogador nas quatro primeiras semanas. Depois disso, é só partir pro abraço.
8 – Mark Ingram, New Orleans Saints
Em 2015, Mark Ingram mostrou um avanço especial no envolvimento do plano de jogo do New Orleans Saints. Depois de assinar com C.J. Spiller, a expectativa de todos era que Ingram fosse o responsável pelas carregadas pelas trincheiras, com Spiller entrando em situações de passe.
Todavia, Ingram surpreendeu. O running back mostrou envolvimento no jogo aéreo, conseguindo 60 targets e 50 recepções no jogo aéreo, tudo isso em apenas 12 jogos, antes de uma lesão tirá-lo do restante da temporada. A produtividade do jogador no jogo aéreo o credencia como uma excelente opção para o Fantasy, pois ele não só é eficiente correndo com a bola, mas também contribui no jogo aéreo. Num ataque comandado por Drew Brees, a produção do jogador é quase garantida.
7 – LeSean McCoy, Buffalo Bills
O primeiro rascunho da presente lista colocava LeSean McCoy bem mais atrás nessa lista. Entretanto, com as notícias da suspensão de Karlos Williams, running back que tomou parte da carga em 2015, fica cristalino que McCoy está na posição para ter um ótimo ano para o Fantasy Football.
Aos 27 anos, LeSean McCoy já demonstrou que é um dos mais talentosos running backs da liga, com velocidade nos cortes, boa aceleração e brilhante capacidade de encontrar os espaços. Num ataque que se dedica à corrida, McCoy é a escolha clara para carregar a carga terrestre, ficando em campo nas três descidas ofensivas.
Apesar de uma situação ótima, duas coisas para ficar de olho: McCoy se envolveu num incidente na intertemporada dentro de uma boate. Ainda não há quaisquer sinais de punição, embora seja algo a ser monitorado. Outra observação é que, com as notícias da suspensão de Williams, a hype e empolgação com o jogador podem ter subido um pouco além do razoável – ao meu ver, não vale a pena pegar o jogador na primeira rodada; do meio da segunda para frente, vá sem medo.
6 – Ezekiel Elliott, Dallas Cowboys
Antes de mais nada, há relatos do training camp que dizem que o jogador pode perder algum tempo durante a temporada por um problema no tendão – portanto, fica a situação a ser monitorada.
Na semana que Ezekiel Elliott foi selecionado com a quarta escolha geral pelo Dallas Cowboys, vi muitos torcedores e jogadores de Fantasy Football já o credenciando como uma das cinco escolhas de primeira rodada no futebol americano virtual. Confesso que fui mais cético: advoguei pela sua seleção na segunda rodada, ou no final da primeira. Entretanto, o potencial desse jogador consegue colocá-lo como sexto desta lista.
A começar pela qualidade que o jogador demonstrou no college. Elliott foi o homem por trás da conquista de Ohio State nos primeiros playoffs da história do futebol americano universitário. Na partida final, o running back anotou quatro touchdowns. Durante seus três anos como Buckeye, foram 3.961 jardas e 43 touchdowns em 35 partidas. Com seu tamanho, força e velocidade prototípicos para a posição, Elliott chega com respaldo na NFL.
Posto isso, o encaixe do jogador foi ideal. Elliott chega num Dallas Cowboys que busca reencontrar o rendimento na posição de running back que teve com DeMarco Murray em 2014. Neste ano, Murray teve 392 tentativas corridas, 1.845 jardas e anotou 13 touchdowns, sendo eleito o melhor jogador ofensivo daquela temporada. Correndo atrás de uma das linhas ofensivas mais fortes da NFL, Elliott vem para dominar o jogo terrestre tal como seu companheiro de posição o fez dois anos atrás.
Apesar de haver competição na posição com Alfred Morris e Darren McFadden, Elliott tem enorme valor pelo volume que deve receber. Todos os indícios de jornalistas e analistas de Fantasy que acompanham a rotina do Dallas Cowboys indicam uma confiança enorme no calouro. Outra coisa a se considerar é o desgaste de Tony Romo: com 36 anos e um histórico recente de lesões, é natural presumir que o jogo corrido será utilizado para desonerar o camisa 9, dando mais volume ainda para o ex-corredor de Ohio State.
5 – Lamar Miller, Houston Texans
2015 era o ano do Lamar Miller. O jogador assumiria a carga de titular de um promissor ataque do Miami Dolphins. Entretanto, não foi o que aconteceu. Apesar da excelente produção no ataque terrestre e aéreo quando tinha o volume, o jogador acabou refém de um ataque que abandonava o jogo corrido assim que ficava atrás do placar, forçando Ryan Tannehill a passar a bola inúmeras vezes. Mesmo assim, num ataque que não sabia utilizar (ou preferia não fazê-lo), Miller terminou como 12º melhor running back para o Fantasy Football nos últimos dois – o que o credencia como um número um nessa posição para o seu time.
Agora, Lamar Miller se encontra na posição para despontar como um dos running backs mais produtivos da NFL. Bill O’Brien tem um histórico de envolver seu running back no jogo corrido e aéreo, o utilizando com enorme frequência. Seu talento com as pernas e sua capacidade de receber passes serão de fundamental importância num ataque novo comandado por Brock Osweiler, também recém-chegado. Miller tem o potencial de ser uma máquina no formato standard e PPR, pela sua natureza de dupla ameaça. 2016 tem tudo para ser o ano de Miller.
4 – Jamaal Charles, Kansas City Chiefs
Jamaal Charles foi mais uma caso de running back de ponta que acabou se lesionando durante a temporada. Com apenas cinco partidas durante a temporada regular, seu rompimento do cruzado anterior deu espaço para Charcandrick West e Spencer Ware, principalmente tomarem a carga no jogo terrestre.
A primeira coisa que deve ser levada em consideração é que Jamaal Charles já não é um jovem jogador: ele entrará na semana um da NFL com 29 anos de idade se recuperando de uma lesão séria. Há sempre o questionamento quanto à capacidade de um running back retornando de lesão produzir da mesma forma voltando de uma lesão tão grave e numa posição que sofre com impacto.
Posto isso, o Kansas City Chiefs tem um ataque pautado na força do jogo terrestre e na conquista de jardas após a recepção. Em 2015, o time da AFC West foi 12ª equipe com mais tentativas corridas (436) e 29ª em passes tentados (473), o que mostra um enorme favorecimento para o aspecto terrestre do futebol americano. O ponto é: o Kansas City Chiefs tem volume no jogo terrestre valioso para o Fantasy Football. Para ilustrar, Charcandrick West, após a lesão de Jamaal Charles no ano passado, acabou a temporada como 27º jogador em tentativas de corridas, na frente de nomes como C.J. Anderson e Giovani Bernard, mesmo com 5 jogos a menos de titularidade.
Jamaal Charles tem um enorme upside, isto é, um teto de produção enorme; seja pelo talento do jogador, pelo esquema ofensivo do Kansas City Chiefs. A média da carreira do jogador é de 5.5 jardas por tentativas. A única dúvida que paira no ar é sobre a recuperação da condição do joelho do camisa 25 e se ele retomará sua forma antiga. Mesmo assim, pelo potencial da escolha, Charles não escapa do Top 10 da lista para 2016.
3 – David Johnson, Arizona Cardinals
É provavelmente uma surpresa o running back segundanista do Arizona Cardinals estar tão bem colocado nesta lista. Afinal, o nome não carrega consigo a pompa de um Adrian Peterson ou Jamaal Charles. Todavia, há muitos elementos que o credenciam para tão alta colocação.
Disputando espaço com Andre Ellington e Chris Johnson, David Johnson se mostrou uma arma valiosa retornando chutes e recebendo passes. O running back realmente despontou quando assumiu a titularidade na semana 12, correndo com bastante eficiência e participando no jogo aéreo partindo do backfield. Ao final do ano, o jogador teve 57 targets e 36 recepções, além 581 jardas em 145 tentativas, uma média de 4.85 jardas por carregada. Foram 13 touchdowns somados, 8 corridos, 4 aéreos e um de retorno. Além disso, David Johnson terminou o ano com o empatado em segundo lugar em números de touchdowns recebidos por running backs, sétimo em touchdowns terrestres – tudo isso com um número de tentativas que o colocariam em 38º da lista nessa estatística.
A cereja no bolo fica pelo jogador contar com a confiança do técnico: Bruce Arians já declarou que o jogador é “o cara” dele. É esperado que o running back assuma a carga de titular desde a primeira semana da primeira temporada. Numa equipe que tem um potencial aéreo enorme, o Arizona Cardinals pode explorar os espaços deixados pelos defensores na marcação dos recebedores e fazer estragos com o segundanista.
2 – Adrian Peterson, Minnesota Vikings
Em todas as temporadas nas quais Adrian Peterson disputou os 16 jogos, o Minnesota Vikings chegou nos playoffs. Isso diz muito sobre a confiança que a equipe tem no running back e no talento gigantesco do camisa 28 da equipe. A resiliência e talento do jogador sobram após adversidades: em 2012, um ano após se recuperar de uma lesão no cruzado anterior, Adrian Peterson passou da marca de 2.000 jardas corridas, com uma média estonteante de 131.1 jardas corridas por partida. Ano passado, após um ano afastado dos campos, Peterson teve 1.485 jardas e 11 touchdowns, com um número enorme de tentativas: 327, uma média de mais de 20 por jogo.
Por ser de um talento descomunal, contar com a confiança do Minnesota Vikings e pelo volume gigantesco que teve em 2015, Adrian Peterson permanece entre as três melhores opções para running back. Mesmo que o volume dele sofra um baque, para conservar o jogador, ele ainda terá uma alta produção no backfield da franquia da NFC North.
1 – Todd Gurley, Los Angeles Rams
Lembro claramente de uma conversa com o Antony Curti antes da temporada de 2015. Nesta situação, ele mencionou que tínhamos que trabalhar numa matéria sobre o running back pelo enorme potencial dele de entrar e já fazer a diferença para o então St.Louis Rams.
Não deu outra: mesmo voltando de lesão e começando a sua carreira no quarto jogo da temporada (na semana três ele teve apenas poucos toques), Gurley passou das 1.106 jardas e anotou 10 touchdowns, tendo um volume descomunal durante a temporada, com mais de 20 tentativas de corrida em cinco oportunidades e pelo menos 10 em nove jogos. Num ataque unidimensional que sofreu na posição de quarterback, o calouro despontou como um dos jogadores mais firmes na posição na temporada passada.
Para 2016, considerando que Jared Godd estará se adaptando ao futebol americano no nível profissional, o ataque deverá ainda depositar boa parte do volume ofensivo no segundanista. Por tais motivos, Todd Gurley é o líder da lista de running backs para a temporada 2016 do Fantasy Football.





