Saber adequar seu sistema aos pontos fortes de seus jogadores é quase um mantra para mim. Sou ferrenho defensor de que primeiro a comissão técnica avalia o que tem em mãos, depois ajusta o sistema. É muito mais fácil e prático que o contrário, com histórico de melhores resultados. Em especial, uma peça tem que ser contemplada nisso: o quarterback. E se teve uma equipe que mereceu aplausos em 2019 por isso, foi o Baltimore Ravens. Ninguém mudou tanto e para melhor de 2018 para temporada passada.
O head coach John Harbaugh entendeu que Lamar Jackson precisava ter seu atleticismo explorado e efetivou como coordenador ofensivo Greg Roman, o responsável por montar no passado um ataque para Colin Kaepernick, quarterback de características parecidas, no San Francisco 49ers. O resultado foi explosivo, tal como tinha sido no começo da década passada: 14 vitórias e Lamar consagrado como MVP; porém, nos playoffs as coisas não funcionaram e isso é um indicativo que as defesas devem estar mais preparadas neste ano. Será que os Ravens são capazes de se reinventar ofensivamente para 2020?




