Paciente da Semana é uma coluna semanal de Alex Porto, sobre algum personagem marcante da rodada da NFL. Está no ar sempre nas quartas-feiras, com uma crônica para você refletir sobre futebol americano.
Com licença… Posso entrar?
O Paciente da Semana é um quadro que teve seu início num setembro pandêmico de 2020, logo quando comecei a produzir conteúdo sobre futebol americano. Como sou psicólogo, o nome é bem autoexplicativo, mas assim como na psicoterapia, nem sempre virei aqui auxiliar no tratamento de traumas… Por mais que Falcons, Ravens e Bears se esforcem. Será um espaço para expressar as emoções que esse jogo me proporciona. Todas elas.
Dito isso, estava me preparando para estrear esse quadro por aqui falando do jogo da NFL no Brasil, ou de Justin “Top 5” Herbert mostrando que tem sim o gene decisivo. Mas Josh Allen e Lamar Jackson tinham outros planos e nos presentearam com um dos melhores jogos dos últimos tempos. Esses dois quarterbacks são extraterrestres e praticam o Futebol Americano 2.
Por que o Baltimore Ravens é assim?
Estou cansado, chefe. Desde 2021, os Ravens são o time que mais perdeu jogos (8) em que tiveram mais de 90% de chance de vencer em algum momento. Eu não torço para esse time, mas o legado do meu quarterback favorito depende dele. Relutei quando os torcedores me apontaram isso, mas acho que se tornou incontornável aceitar que é um problema cultural.
É muito estranho dizer isso de um time objetivamente bom e que vence muito. A questão é que às vezes é o ataque (fumble), as vezes a defesa (ceder 70 jardas em 50 segundos), mas se vitória e derrota não são estatísticas de quarterback, são estatísticas de treinadores. E John Harbaugh nem mesmo foi fiel a seus princípios nessa partida.
Seguinte, você tem uma 4ª pra 3, faltando 1:33 para o fim, na sua própria linha de 38 jardas. Baltimore sempre foi uma franquia aliada aos números (que recomendam em consenso arriscar dada a maior probabilidade de vitória) mesmo em momentos impopulares. Confiar em Lamar Jackson, em noite de baile de gala, ou devolver a bola para o atual MVP que você não conseguiu parar o dia todo? A posse da bola pode ser mais valiosa que a posição de campo. Se converter, algo muito dentro do universo de possibilidades, você vence. Simples assim.
Mudanças se fazem necessárias para encerrar esse hábito de fracasso, pois claramente há algo de podre no reino da Dinamarca.
Para não dizer que não falei das flores
Agora, Josh Allen não tem nada com isso.
Somos testemunhas de que, quando um quarterback de elite tem a bola nas mãos e um pouco de tempo, podemos ver o impossível. Como disse o próprio: “tenham um pouco de fé”.
Allen mostrou o porquê de ser tão valioso, carregando a cidade inteira de Buffalo nas suas costas. O fã de futebol americano agradece por presenciar sua frieza e poderes que parecem vir de outro planeta. Sei que é cedo, mas se esse for mesmo o ano do Buffalo Bills, foi um começo para tirar qualquer dúvida de que o troféu estaria em boas mãos.
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