Paciente da Semana é uma coluna semanal de Alex Porto, sobre algum personagem marcante da rodada da NFL. Está no ar sempre nas quartas-feiras, com uma crônica para você refletir sobre futebol americano.
O resultado não foi o que a torcida da casa esperava. Jacksonville venceu os 49ers pelo placar de 26 a 21, numa partida definida pelos turnovers. Entretanto, hoje não estou aqui para falar do que aconteceu em campo, mas sim fora dele.
SANTA CLARA? 49ERS
Primeiramente, aprendi que o Levi’s Stadium na verdade fica em Santa Clara. A distância entre San Francisco e o estádio é de 72km. Pode parecer pouco, especialmente se você está saindo animado do hotel num domingo de manhã. Agora, enfrentar a espera do transporte público lotado na volta de uma derrota… Cansativo. Especialmente de barriga vazia para economizar.
Enfim, para além do minúsculo perrengue chique, foi uma vivência bastante divertida. A princípio, senti falta da cultura dos 49ers na cidade. Fui ao jogo com meu amigo Pedro Narduchi, torcedor da franquia, e descobri que, desde a realocação da equipe, a identificação naturalmente diminuiu. Senti bastante o contraste das outras experiências que tive em Baltimore e Philadelphia, cidades que vivem suas equipes 24/7. De qualquer forma, isso mudou quando chegamos no metrô.
BANG BANG NINER GANG
O percurso realmente foi como um mar vermelho. Torcedores dos mais variados tipos vestiam diferentes camisas dos 49ers, representando o multiculturalismo da região. A torcida se fez presente para apoiar sua amada equipe, mas apesar do grande número, senti as pessoas um pouco comedidas. Compartilhei momentos de euforia e paixão, ajudei na voz para atrapalhar o ataque adversário. Contudo, usaria outras palavras ao invés de fanática para descrever a massa.
Antes da partida, tivemos acesso ao campo devido a um contato de uma seguidora do Endzone Brasil (Camila, muito obrigado mais uma vez!). Por conta disso, conseguimos fazer alguns registros e pisar no mesmo tapete que lendas como Fred Warner escrevem seu legado. Inclusive, estávamos ao lado da família do OT, futuro HOF, Trent Williams. Tivemos a oportunidade de cumprimentá-lo. Inesquecível!
Meu lugar era próximo ao meio do campo, em uma das fileiras mais altas. São os ingressos mais baratos, mas também o melhor lugar para assistir o jogo, na minha opinião. Talvez seja apenas meu cérebro acostumado com a câmera tática. Além disso, estava na frente dos banners das conquistas de divisão, conferência e Super Bowl. O estádio pode ser novo, mas San Francisco tem uma das histórias mais ricas nessa liga centenária.
EU FUI, EU TAVA
Enfim, o contexto do jogo não foi dos melhores para os 49ers. A equipe ficou atrás no placar após entregar a bola duas vezes no primeiro tempo, e sempre que a torcida começava a querer voltar para o jogo… Outros turnovers tiravam a vida da arquibancada. Com certeza isso afetou minha experiência. A esperança estava lá, afinal, são conhecidos como os “fiéis”, mas uma hora o cronômetro zera. Vi muitos torcedores bem frustrados nas escadas, porém, senti que a maioria viu a derrota como o resultado de lesões e erros não característicos.
Por fim, foi um saldo bastante positivo. Independente do resultado, recomendo fortemente que conheça San Francisco e vá a um jogo dos 49ers se tiver a oportunidade. Sou muito grato pelo futebol americano me permitir viajar para conhecer novos locais e culturas. O amor por esse esporte tem orientado a minha vida nos últimos anos, e me levado a lugares inimagináveis. Tenho realizado sonhos. Muito obrigado a você que acompanha e torna isso possível!
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