Paciente da Semana é uma coluna semanal de Alex Porto, sobre algum personagem marcante da rodada da NFL. Está no ar sempre nas quartas-feiras, com uma crônica para você refletir sobre futebol americano.
A franquia Chargers nunca jogou uma partida normal em toda a sua história. Gosto de brincar que vemos o mesmo filme com roteiros diferentes a cada semana. Sempre que você se permite sentir esperança… Vem a inevitabilidade de ter seu coração partido.
O estádio mais moderno da NFL
Em primeiro lugar, o SoFi Stadium realmente é tudo isso mesmo. Entrar no estádio é uma sensação de estar alguns anos no futuro. Aquele telão em cima do gramado chega a ser intimidador. Apesar disso, não foi minha visita favorita da viagem. Sinto que tanta tecnologia (o que é incrível para estádios multiuso) acaba tirando um pouco da experiência do futebol americano. No fim das contas, a sensação das pessoas estarem diretamente conectadas com o campo e jogadores, como senti no Rose Bowl, é incomparável. Apesar de que visitar a Meca do futebol americano realmente é uma vivência única.
Ao mesmo tempo, a ida ao SoFi foi bastante confortável. Semana passada, falei sobre como é difícil se locomover para o estádio do San Francisco 49ers. Em LA, por mais que tenham me garantido que seria impossível fazer coisas sem um carro, o metrô foi uma escolha excelente. Você acessa qualquer um dos principais pontos da cidade por menos de 2 dólares, desde que esteja disposto a enfrentar o tempo de locomoção. O que pode acabar sendo uma vantagem ainda maior por evitar o transito caótico da metrópole. Fica a minha dica para quando você planejar sua viagem!
Por que os Chargers são assim?
Enfim, o Los Angeles Chargers tinha outros sentimentos guardados para mim nessa tarde calorosa de domingo. Dessa vez vou falar do que aconteceu no jogo, pois infelizmente me importo com esse time e preciso fazer desse texto o equivalente a penseira de Dumbledore. Eu não torço para a franquia, mas simpatizo bastante por conta de jogadores históricos como LaDainian Tomlinson, atuais como Herbert, Hampton e Harris, além de ter amigos torcedores. Mas como um irmão muito bem apontou, tirando os Eagles, eu gosto do mesmos time só que com uniformes diferentes. Talvez a alma atleticana de sofredor que venceu me dá empatia com os semelhantes. Ainda assim, sempre fácil secar um rival de divisão.
E pior que os Chargers começaram bem. Porém, a “Charjada” se mostra inevitável. Quando as coisas parecem diferentes, quando o time começa a fechar jogos para ficar 3-0 na divisão, quanto você acredita… Seu coração se parte. Assim, os Chargers voltam a sofrer com lesões e não só estão sem seus principais corredores, mas seguem com uma proteção ao quarterback desfalcada. E mesmo quando o quarterback faz jogadas incríveis, elas são anuladas por faltas ou fumbles. Chargers Football não é para amadores. Compartilhar essa experiência com os torcedores – que inclusive se fizeram uma maioria barulhenta quando o contexto do jogo permitiu – foi divertido.
Jamais desejaria normalidade para essa franquia. Como diria mestra Nise “Gente curada demais é gente chata”. Agora uma utopia de sucesso… Sempre terei energia para isso.
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