Paciente da Semana é uma coluna semanal de Alex Porto, sobre algum personagem marcante da rodada da NFL. Está no ar sempre nas quartas-feiras, com uma crônica para você refletir sobre futebol americano.
Tentei fugir dessa tema, confesso. É que Daniel Jones estar apresentando esse nível de futebol americano é um pouco incompreensível. Foi preciso algumas semanas para me acostumar. Mas preciso admitir que esse time do Indianapolis Colts é real. E vou além… É muito divertido de assistir.
Shane Steichen
Primeiramente, se os Colts já superaram a quantidade de vitórias que previ em Agosto, seu treinador é o principal responsável. Esse é o Steichen que esperava quando foi contratado. Desde o tempo como coordenador ofensivo do meu Philadelphia Eagles era nítido seu potencial. Afinal, seu esquema era construído a partir das virtudes de seus jogadores. Shane nunca foi visto como um gênio, mas sim como alguém que sabia cozinhar com os ingredientes que tinha. E está fazendo isso muito bem em Indianapolis.
Seu ataque é baseado no jogo terrestre. O passe pra frente é legal, mas uma corrida Power é o esporte em sua forma mais pura. São liderados por um running back extremamente talentoso. Jonathan Taylor merece estar numa conversa entre os grandes! E corre atrás de uma ótima linha ofensiva. Defendo que futebol americano é simples: se a OL é boa o time é bom. Além disso, esse conjunto de armas sempre foi subestimado. Pittman, Pierce, Downs, e agora Warren podem não ser estrelas, mas cada um traz valor a sua forma para a unidade. Todavia, o diferencial está mesmo na posição de quarterback.
“Estou gostando de assistir Daniel Jones jogar futebol americano”. Pois é Curti, o tempo é o senhor da razão. Sempre gostei do elenco de Indianapolis, todavia, confiar nesse quarterback era insanidade. Mas quem disse que a NFL precisa fazer sentido? Os roteiristas foram demais aqui. Jones é claramente ajudado pelo esquema, porém também contribui quando seu número é chamado. Passes sob pressão, em descidas óbvias de passe, com antecipação. As vezes tudo que precisamos nessa vida é uma mudança de cenário.
Lou Anarumo
Assim como o coodenador defensivo da equipe. Big Lou! As ruas tem tratado de inocentar. Chutado dos Bengals como bode expiatório pelo péssimo resultado da unidade na última temporada, Lou se encontrou aqui. Esse é um treinador que pode não fazer muito com pouco, mas que faz muito com… Muito? Mesmo que a unidade dos Colts não seja estrelada, Anarumo tem material humano suficiente para implementar sua criatividade.
Laiatu Latu, my beloved! O EDGE era meu draft crush saindo de UCLA e merece mais amor. Precisam ficar saudáveis, mas Kenny Moore é um dos melhores nickels da liga, e Charvarius Ward é outro que se beneficiou de novos ares. Bem como DeForest Buckner, Cam Bynum. Enfim, sempre um prazer assistir a tape dessa unidade porque é uma bagunça organizada. O rótulo de cientista maluco realmente casa muito bem Anarumo. Pois se eu tenho dificuldade de entender sentado na minha cadeira em BH, imagina um quarterback em 2.5 segundos com gigantes te perseguindo.
For the Shoe!
Por fim, prefiro ser feliz que ter razão. A coisa mais importante para alguém que trabalha com futebol americano é que os jogos sejam bons. Preciso assistir tudo, então estar certo é secundário. Contudo, os Colts também são uma franquia que tenho certo carinho. Minhas férias entre o ensino médio e a faculdade envolveram mais de 10 anos de carreira com Andrew Luck no Madden 19. Saudades. Sob nova direção de Carlie Irsay-Gordon, espero que Indiana Jones seja o personagem certo para levar essa franquia a “Fortuna e glória…”
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