Packers pintam Brasil de verde e amarelo, mas mancham próprias chances e saem derrotados

O time de Green Bay deu repetidos tiros no pé durante o confronto de abertura da temporada e saiu derrotado de um jogo onde não faltaram chances

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São Paulo, 06 de setembro – O jogo era na “casa” do Philadelphia Eagles, mas desde o momento que o Green Bay Packers pisou no gramado da Neo Química Arena, não havia mais dúvida sobre qual time teria o maior apoio da torcida.

A cidade de São Paulo estava diferente. O metrô estava lotado de camisas de futebol americano de todos os times. O trânsito na região do estádio era infernal. A concentração de torcedores já era gigante a partir das quatro da tarde, mais de uma hora antes do horário previsto para a abertura dos portões. Todos dispostos a celebrar um evento mais que histórico para fãs da liga de todas as intensidades, de todos os tamanhos, de todas as cores e classes sociais. Era a celebração que tanto aguardamos.

Entre gritos de “Evidências”, um inusitado pedido de casamento com uma jersey de Carson Wentz e gritos não-amistosos para Ron Tolbert, o juíz da partida, Philadelphia Eagles e Green Bay Packers fizeram um ótimo jogo para abrirem suas respectivas temporadas. Mas as preocupações sobre o time não diminuíram tanto.

Tiros no pé

Não faltaram oportunidades para o Green Bay Packers disparar no placar já no primeiro tempo. A equipe de Matt LaFleur começou o jogo executando bem seu primeiro drive, mas tal qual conseguiu controlar as ações no início do jogo, os Packers esbarraram nos seus próprios problemas: num touchdown surpresa após um no-huddle, uma falta de 12 homens no campo anulou; depois de uma interceptação que botou o time já na red zone, apenas um field goal; um fumble de Jalen Hurts gerou outro field goal.

Quando os Eagles finalmente acordaram, Philadelphia só precisou de um touchdown para colocar Green Bay atrás no placar. Com os dois ataques pegando fogo, a liderança se alternou; ficou clara a dificuldade que os Packers tinham de limitar a forte dupla de A. J. Brown e DeVonta Smith, embora, claro, é mais fácil falar de que fazer. O que animou foi a defesa contra o jogo terrestre: a parte o touchdown de Saquon Barkley, os Packers fizeram um ótimo trabalho segurando bloqueios do jogo terrestre adversário, especialmente com uma senhora partida de Rashan Gary.

Aliás, erros marcaram – e muito – o jogo dos Packers. Drops custosos vieram em vários momentos da partida, e contra um time com um ataque tão potente, nem sempre eles passam batidos. A maturidade do elenco é necessária para brigar no topo da conferência, e na abertura da temporada,

Diversidade ofensiva ficou evidente

Pra falar de coisa boa também não falta material. Muito se discutiu ao longo da offseason sobre como o Green Bay Packers não possuía um recebedor de elite estabelecido – e a resposta provinda da franquia era que isso podia ser mitigado com um grupo produtivo. Foi exatamente o que se viu no Brasil: Romeu Doubs, Jayden Reed, Tucker Kraft apareceram bem. Christian Watson anotou touchdown e teve um bom número de targets.

Com um ataque muito bem desenhado, o time encontrou sucesso explorando os linebackers do Philadelphia Eagles, a grande problemática do adversário para a temporada. Não foi preciso mais que um jogo para entender que Matt LaFleur fará mais um grande trabalho nesse sentido.

Jordan Love teve um jogo razoável e que vai deixar um gosto amargo pela interceptação que mudou a história do confronto. O quarterback dos Packers mostrou maturidade, porém foi pressionado com frequência e viu seu time sofrer com drops importantes. Ele é mais do que capaz de mostrar um bom jogo, no entanto, passa longe de ser o culpado pela derrota do time nesta noite de sexta-feira. Vale notar que ele saiu machucado na penúltima jogada da partida.

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