Rodgers e novo técnico mostram-se entrosados no início da preparação para 2019

Matt LaFleur assumiu o time após a demissão de McCarthy, fora desde o meio da temporada passada. Num sistema novo, há detalhes a serem acertados - mas o que chega de Green Bay é que há uma lua-de-mel entre ambos (e isso é ótimo)

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Uma das grandes histórias da temporada 2019 será desenrolada em Green Bay: após a demissão de Mike McCarthy, as coisas entrarão nos eixos? A torcida dos Packers, Aaron Rodgers e todos que gostam de ver um quarterback em alto nível desempenhando tudo o que pode esperam que sim. Aos 35 anos, Aaron Rodgers entrará no crepúsculo de sua carreira. Segundo jogador mais bem pago da NFL (Russell Wilson é o primeiro) e um dos grandes quarterbacks de sua era, Rodgers teve oportunidades aquém do desejado para um atleta de seu calibre.

Anteriormente, o time não investia em peças na free agency para potencializar suas habilidades. Depois, quando as derrotas vieram, a relação com o treinador Mike McCarthy começou a deteriorar e a imprensa americana, após a demissão de McCarthy no meio da temporada, publicou uma reportagem que revelou detalhes impactantes sobre a cultura negativa que se instalara em Green Bay.

A expectativa é que isso fique para trás. McCarthy saiu e Matt LaFleur, que foi técnico de quarterbacks nos Falcons de Shanahan e coordenador ofensivo nos Rams e Titans na sequência, foi contratado como novo “guru” do ataque cabeça-de-queijo. A ideia é que o pobre sistema ofensivo de McCarthy, todo predicado em rotas slants e no talento de Rodgers para improvisar, seja maximizado de acordo com o que se pede da NFL atual e em semelhança ao que se vê em Los Angeles e Kansas City.

“Aaron e eu tivemos boas conversas e vamos conversar muito mais – e uma das coisas que precisamos tratar é a questão dos audibles”, disse LaFleur. Essa, de fato, é uma questão delicada. Por diversas vezes chamei atenção em transmissões que fiz de jogos dos Packers e mesmo no twitter ao comentar jogos por lá que a impressão é que Rodgers recebia uma jogada de McCarthy no huddle e por várias vezes mudava a mesma para outra que achava mais apropriado. Alguns quarterbacks tem essa possibilidade e liberdade, como Tom Brady, Ben Roethlisberger e outros experientes. Em Green Bay, isso parecia motivo de conflito entre jogador e técnico. “Estamos rodando um sistema que eu peguei enquanto trabalhava com Kyle Shanahan há uma década e nunca tivemos um quarterback com liberdade completa para mudar as jogadas (audible) na linha, porque não é como o ataque é desenhado”, falou. “Mas, tipo, ele é Aaron Rodgers. Ele tem tido MUITA liberdade para fazer essas chamadas e merece ter isso”, falou.

A ideia, portanto, é comunicação e reduzir egos pessoais em prol do melhor para o time. É questionável que isso tenha sido a ordem do dia no final da administração McCarthy e importante que LaFleur, até publicamente, esteja colocando isso em pauta. A questão será como conciliar os dois lados, mas é excelente que num primeiro momento haja boa vontade dos dois lados para que a coisa caminhe de forma construtiva.

A bem da verdade, como muitas vezes já disse, é difícil “pegar” o que é relevante e o que não é nessa época do ano. Tudo parece estar bem, todos estão na “melhor forma de suas carreiras”, todos os calouros estão impressionando. Contexto, portanto, fica ainda mais importante. Ver Aaron Rodgers contente após um final de casamento tão conturbado – que teve frutos, o Super Bowl XLV, mas que já não rendia como outrora – é importante. “Está sendo divertido”, disse Rodgers. “É um desafio, eu rodei o mesmo sistema por tanto tempo, há muito na minha cabeça. Aprender novamente novos termos vem sendo a parte mais difícil. Aprender novos conceitos com os quais não tive histórico. Quando você tem uma palavra que quis dizer algo por 13 anos e num sistema novo quer dizer algo diferente, é quando fica mais difícil, vai demorar mais quando eu chamar a jogada, minha mente tem um milhão de coisas no momento”, falou.

Aí mora um ponto positivo, embora não pareça. Para um atleta laureado, campeão do Super Bowl e na rota do Hall da Fama, haver novos desafios para evitar complacência é algo importante e, pelo jeito, está acontecendo em Wisconsin. Por ora, temos uma gigantesca lua-de-mel entre quarterback e técnico recém-chegado. Muitas vezes isso não quer dizer absolutamente nada. Em Green Bay, após o jeito que as coisas ficaram entre Rodgers e McCarthy, é uma excelente notícia em junho.

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