Panthers, enfim, estão no caminho certo

Há algumas semanas, Carolina parecia estar em um buraco sem fundo. O que o tempo não faz. Com a retomada de Bryce Young e as boas exibições do time, o futuro volta a ser animador outra vez.

Enfim, uma nova esperança. O torcedor do Carolina Panthers que resistiu esse período merece os louros, admito. Até poucas semanas atrás, o clima era de desolação. A franquia parecia destina a encerrar o ano com a primeira escolha geral do Draft mais uma vez, jogadores veteranos aparentavam estar desanimados e a busca por um novo quarterback parecia inevitável. Então, rapidamente, tudo mudou.

Os Panthers estão na direção certa pela primeira vez em muitos anos. O time compete de igual para igual contra os mais fortes oponentes da liga – não venceu Kansas City Chiefs e Philadelphia Eagles por detalhes -, começa a encontrar resultado em peças valiosas do elenco e, principalmente, Bryce Young está jogando bem. 

Por muitos anos, Carolina encontrou barreiras no comando e caminhou na direção errada, mesmo sabendo que daria de cara com a parede. Apesar do início turbulento em 2024, a franquia encontrou o rumo correto e se prepara para um 2025 mais feliz. O torcedor dos Panthers, pode começar a se empolgar.

O renascimento que mudou a história 

Não se anda para frente na NFL sem um quarterback qualificado. Os Panthers viveram os dois polos disso com o mesmo titular. Young chegou na liga como grande promessa e se mostrava incapaz de progredir até três meses atrás. Claramente, a falta de confiança e a pressão externa promulgavam um peso exacerbado em suas costas, o qual estava pesado demais para se carregar.

Quando a decisão de colocá-lo no banco foi anunciada no meio de setembro, alertamos: era o melhor a ser feito. Parafraseando o que disse naquele momento “Bryce vê seu reflexo em um espelho quebrado, no qual é incapaz de demonstrar suas verdadeiras qualidades. Precisará se reconstruir longe do caos para encarar sua última oportunidade da forma correta”. Pois bem, Dave Canales fez isso e o resultado não poderia ser mais satisfatório.

Enquanto Andy Dalton encarava os problemas ao mesmo tempo que o treinador tentava consertar a equipe, Bryce fugia dos holofotes e se preparava para a volta por cima. O time não se mostrou melhor sem ele e, após crescer com Canales e se reconstruir mentalmente, voltou jogando belo futebol americano.

É claro que ainda há oscilações e o nível precisa subir; no entanto, pela primeira vez, a promessa começa a se concretizar. Estamos vendo os sinais daquele jogador que encantou o nível universitário em Alabama. Young está conseguindo fugir da pressão e criar com as pernas, consegue encontrar seus alvos em janelas apertadas, e crescer nos momentos importantes. Não fosse o terrível drop de Xavier Legette, os Panthers estariam à frente dos Eagles com menos de um minuto disponível no relógio.

O mais importante não é vencer

Sei que dói para o torcedor ouvir isso e, sinceramente, nem quero que ele concorde. Contudo, fato é que o mais importante para Carolina, neste momento, não é vencer os jogos. Muito mais vale o que foi visto contra Chiefs e Eagles com uma derrota que custou caro, por exemplo, do que se houvesse um triunfo com Dalton de passador, contando mais com a sorte do que com o talento.

Carolina precisava demonstrar que poderia progredir e que poderia contar com alicerces que seriam a base de uma reconstrução que continuará a pleno vapor em 2025. A defesa de Ejiro Evero que tomara uma média de 34,7 pontos por jogo nos primeiros sete jogos da temporada, viu esse número cair para 24,17 desde que Bryce retomou a titularidade na semana oito. A linha ofensiva começou a ter seu bom trabalho reconhecido; Chubba Hubbard cresceu de produção e se tornou líder no vestiário; Adam Thielen fez ótimas partidas retornando de lesão.

Ainda é pouco pensando em competir no curto prazo, no entanto, Carolina pode respirar. Sua principal preocupação se foi: Young é uma grande promessa e saiu do ciclo negativo no qual estava preso. Agora, a equipe precisa se ancorar em algumas bases que foram demonstradas nas últimas semanas e investir pesado na próxima intertemporada para adentrar 2025 competindo de forma verdadeira – aí sim, lamentando as derrotas.

Pela primeira vez em oito anos, o torcedor dos Panthers pode olhar para seu time e vislumbrar um futuro, verdadeiramente, animador. É a hora de Canales e companhia darem tudo de si para escanear as necessidades e gastarem os recursos nos próximos meses. Se assim o fizerem, serão competentes competidores no próximo ano.

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